Está coberto de razão na contestação. Poderia existir, não com essa sintaxe que é esquisita e talvez crie ambiguidade, mas uma outra poderia.
A matemática é assim
De fato a própria matemática tem encadeamento de operadores. Mas um humano pode parsear a expressão com mais contexto do que um compilador.
O encadeamento simples pode dificultar a criação do compilador e diminuir sua performance e até impedir a resolução de certos casos.
Na verdade o encadeamento poderia gerar erros de interpretação sobre a intenção do programador. Nada grave, nada que não aconteça em outros casos da sintaxe das linguagens, mas é algo que preferiram evitar. Provavelmente teria que ter certas restrições do que pode usar, por exemplo não poder misturar operadores.
Exemplos do que pode ser adotado
Os casos mais interessantes seriam:
x > 0 && x < 10
que poderia ser escrito como
x between 0, 10
e também
x == 1 || x == 2
que seria simplificado para
x in (1, 2)
Os nomes poderiam ser substituídos por símbolos.
De fato existem linguagens menos populares que adotam esse tipo de sintaxe.
Eu acho o padrão de projeto (sim, é um design pattern) tão comum que poderia valer a pena.
Dá para pensar em outras sintaxes, até mais genéricas. Por exemplo, poderia ter um símbolo, por exemplo $
, onde você usa para indicar o nome da última variável usada, assim já simplificaria. Não estou dizendo que isso é bom e não tem problemas, apenas uma ideia. Muitas pessoas considerarão esquisito e menos legível, essencialmente para economizar digitação, o que é uma bobagem pra se preocupar.
Python permite fazer 0 < x < 10
. Em algumas linguagens isso seria interpretado como (0 < x) < 10
e funcionaria, mas daria um resultado inesperado. A operação dentro dos parênteses geraria um booleano que depois seria usado para comparar com 10. Tem linguagens que podem identificar que um booleano não pode misturar com um número e adotar o comportamento de operador encadeado, mas é exceção, é complicado lidar com isto no compilador. E tem situações que o compilador se perderia. Tem situações piores, inclusive que o Python gera algo possivelmente inesperado.
Características que podem gerar bugs normalmente são evitadas pelas linguagens.
Performance
Umas das vantagens do operador in
é que ele é resolvido em compilação e não gera custo de execução, podendo até ser gerado um algoritmo diferente dependendo da quantidade de operandos ou outros fatores, ao contrário do exposto pelo Isac que dá uma solução que pode ser boa em certos cenários.
Nem tudo são flores
Mas eu vejo um problema que pode ser o motivo das linguagens mais modernas. Não vou falar das mais antigas porque elas eram rudimentares.
Tudo que faz em uma linguagem tem consequências em outras partes. Quanto mais complica um ponto, pode estar complicando exponencialmente outras partes. A não ser que a funcionalidade seja completamente ortogonal, o que é raro, terá que pensar em soluções para outros pontos.
Sobrecarga de operadores
Se o operador in
é um operador como outro qualquer ele deveria ter a capacidade de ser sobrecarregado como os demais, certo? Aí a execução não poderia ser otimizada adequadamente e cairia no mesmo compromisso de usar uma função que faça isto.
Pode pensar que em linguagens que não tenha sobrecarga de operadores pode fazer sem problemas. Mas se fizer assim praticamente impede da linguagem ter a sobrecarga no futuro. Muitas funcionalidades quando colocadas na linguagem impedem outras, por isso é bom evitar certas coisas.
Claro que poderia fazer uma exceção e não ter sobrecarga para certos operadores. Isso até já existe, mas pode ficar esquisito neste caso porque a comparação simples tem sobrecarga e a múltipla não tem?
Mesmo se tiver a sobrecarga acho que otimizações normais ou específicas podem ainda fazer valer a pena usar.
O mesmo vale para o comparador de grandeza encadeado, o primeiro exemplo que eu mostrei.
Outros problemas
Certamente em uma análise rápida não olhei para todos os problemas que pode ter nesta funcionalidade. É possível que tenham pensado em outras que eu não percebi.
Claro que eu acho que para tudo tem solução. A questão é se ela é boa o suficiente.
Fatores psicológicos
As pessoas estão acostumadas com uma sintaxe, quando introduz uma nova há sempre alguma dificuldade das pessoas aceitarem. Qualquer linguagem que faça isso terá a pecha de ser esquisitona, mesmo que seja só uma percepção sem fundamento. Ninguém quer isso na sua linguagem.
Já há controvérsias sobre o uso de ==
que é fácil confundir com =
.
Notas finais
Expressões booleanas são independentes e podem ser usadas em qualquer lugar onde se espera um valor booleano. É comum as pessoas acharam que comparações só podem ser usadas em um if
ou while
.
Algumas respostas falam sobre álgebra booleana. Apesar de o assunto ter a ver com isso a questão da sintaxe do operador nada tem a ver com a álgebra em si. Não importa como é a sintaxe gerando um resultado booleano é o que importa, o fato de ter esta ou aquela sintaxe nada importa do ponto de vista booleano e não é o motivo para não ter nas linguagens. Também nada tem a ver com o código Assembly gerado. Sintaxe é algo independente.
A comparação específica de exemplo não é necessária, basta comparar com insensitividade:
name.Equals("girl", StringComparison.OrdinalIgnoreCase)
C# 9
Agora dá para fazer algo próximo disso, talvez até melhor:
name is "Girl" or "girl"
Veja funcionando no ideone (esperando atualizarem versão). E no .NET Fiddle. Também coloquei no GitHub para referência futura.
A outra resposta diz que isto é impossível, então C# é milagrosa.
Outra novidade que deve vir aí em futuras versões é o operador de ternário de comparação. Não confundir com o ternário condicional que já existe. Por isso que eu sempre disse para não chamar o condicional de ternário. Assim poderá fazer igual ao Python.