Alerta: não tenho conhecimento profundo de licenças e leis, portanto não considere esta resposta como definitiva do ponto de vista legal. Na dúvida, consulte um advogado especializado.
A FAQ da licença GPL apresenta o conceito de "mera agregação", isto é, dois programas lado a lado no mesmo disco, mas separados, não sendo parte de um único programa.
Segundo a FAQ:
Neste caso, se um dos programas é coberto pela GPL, isso não tem efeito no outro programa.
O motivo é simples:
Pipes, sockets e argumentos de linha de comando são mecanismos de comunicação normalmente utilizados entre programas separados
Mas note que os programas não poderiam ser colocados num mesmo instalador, pois:
Se os módulos são incluídos no mesmo arquivo executável, então eles estão definitivamente combinados em um único programa.
O mesmo vale se os dois programas usarem um endereço de memória compartilhado, isto é, eles seriam consideradas um único programa.
Enfim, imagino um cenário possível para combinar GPL e alguma licença menos restritiva:
- Usuário recebe um disco ou um ZIP contendo dois arquivos de instalação, o do programa principal não-GPL outro do programa secundário GPL.
- A instalação do programa principal não-GPL, após encerrar, executa a instalação do programa GPL em um processo separado.
- Os dois programas ficam em diretórios separados, como dois aplicativos independentes no sistema operacional.
- O programa não-GPL pode fazer chamadas ao programa GPL, via API do sistema operacional, utilizando parâmetros, pipes, sockets e outros recursos comuns de comunicação.
O que não pode ser feito, por exemplo, é carregar um módulo ou DLL de um programa no outro.