O único dado mais próximo de uma explicação fornecido na própria documentação é de que a alteração funciona caso o registro venha de uma tabela "derivada", como no exemplo abaixo, e que isso se deve ao fato de o dado derivado estar materializado em tabela temporária:
UPDATE t ... WHERE col = (SELECT * FROM (SELECT ... FROM t...) AS dt ...);
Extrapolando a partir dessa informação, esse comportamento pode ser resultado da necessidade de evitar locks conflitantes. Um UPDATE a partir de um SELECT se torna impossível pois a engine não permite obter lock exclusivo para um registro que já está com lock de leitura em outra transação.
Pensando dessa forma o exemplo acima funciona porque, ao se deparar com um "sub-subselect", o otimizador decide materializar a consulta em tabela temporária: o registro que recebe lock de leitura é uma cópia, em outro local, daquele que receberá lock exlusivo para UPDATE, evitando conflito.
Dito isso, reconheço que esse quadro que criei não faz muito sentido =/. A documentação do InnoDB é bem detalhada ao frisar que a engine suporta multiversionamento de tuplas e os quatro níveis de isolamento de lock, não tem por que não fazer esse tipo de operação normalmente como no PostgreSQL, Oracle e afins. Só posso crer que se trata de um resquício de implementação do MyISAM desde versões pré-5.5.5, visto que o único tipo de lock suportado por esta engine é o de tabela inteira.