O que são exatamente Raw Types?
De acordo com a especificação da linguagem, em tradução livre:
Mais precisamente, um tipo bruto é definido como sendo um dos
seguintes:
O tipo de referência que é formado tomando o nome de uma declaração de
tipo genérico sem uma lista de argumento de tipo de acompanhamento.
Um tipo de matriz cujo tipo de elemento é um tipo bruto.
Um tipo de membro não estático de um tipo bruto R que não é herdado de
uma superclasse ou superinterface de R.
O termo Raw Types ficou conhecido com a introdução do Generics.
Para exemplificar, irei utilizar o Framework Collections:
Quando o Collections foi concebido na versão 1.2 do Java, uma coleção não especificava qual tipo de objeto manipularia, ou seja, a coleção poderia receber qualquer tipo, como no exemplo:
List lista = new ArrayList();
lista.add(1);
lista.add("teste");
Manipular uma coleção desbalanceada como está é custoso, pois quando você tira um elemento da coleção, você deve atribui-lo ao seu respectivo tipo, alem de ser inconveniente, não é seguro.
O fato de não informar um tipo/argumento ao List
é conhecido como um Raw Type, ou em tradução livre, um tipo bruto.
Solucionando o Raw Type:
Para resolver esse problema, na versão 1.5 do Java foi introduzido o Generics, com isso, possibilitou-se informar um tipo a coleção, conforme o exemplo:
List<String> lista = new ArrayList<String>();
lista.add("teste_0");
lista.add("teste_1");
Sendo assim, uma vez que o compilador conhece o tipo de elemento da coleção, o compilador pode verificar se você usou a coleção de forma consistente e pode inserir os moldes corretos sobre os valores que estão sendo retirados da coleção.
E porque eles são um grande problema?
De fato, os Raw Types são um grande problema, pois, mesmo com a introdução do Generics não seria conveniente remover os Raw Types, pois as aplicações legadas precisam continuar em funcionamento.