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Como fazer para chamar código escrito em outra linguagem que não faz parte do .NET, por exemplo a linguagem C?

Como se dá essa interação?

Como chamar funções nativas do Windows?

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    Estou fazendo esta pergunta porque entendi errado a versão original de pt.stackoverflow.com/q/227301/101 e respondi isso, para não perder o conteúdo que acho ser útil estou postando aqui. Se tiver outras dúvidas poste uma nova pergunta.
    – Maniero
    9/08/2017 às 12:03

1 Resposta 1

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Sim. Na verdade boa parte do .NET interopera com a Win32 ou com a API de outros sistemas operacionais que são fornecidas em C. Então é possível você interoperar também. Geralmente estamos falando de trabalhar com código não gerenciado. Tudo o que ocorre nele não tem controle do CLR e de forma geral as alocações de memória devem ser controladas por este código não tendo intervenção do garbage collector, por isso é bem mais arriscado. Mas existe toda uma infraestrutura para suportar a comunicação de forma simplificada entre a parte gerenciada e não gerenciada.

Na verdade é possível interagir com boa parte dos códigos existentes em qualquer linguagem desde que esses códigos atendam certos requisitos, que possua ABI compatível. Qualquer código em C interage bem. C foi pensada nisso e o sistema operacional, seja Windows, Linux e a maioria dos outros são escritos ou pelo menos possui sua API básica em C. É muito fácil chamar código em C a partir do .NET e até fazer algumas partes do código .NET poderem ser chamadas em C. Um exemplo é o SQLite que é escrito todo em C e muita gente o usa como banco de dados embarcado na aplicação .NET.

É possível chamar código em C++ também. E não estou nem falando das partes compatíveis com C, falo das classes também. Existe o C++/CLI no .NET que é um C++ gerenciado que interage bem com o C++ não gerenciado. Particularmente se eu puder evitar eu prefiro, acho a interação com C bem mais fácil. Tanto é complicado que o UWP que nativamente é escrito em C++ usa uma interação com .NET um pouco diferente (CX).

O código não gerenciado deve ficar segregado em outra DLL já que são binários muito diferentes. Em .NET Native não precisa. Então precisa carregar a DLL e criar assinaturas para as funções e estruturas disponíveis no código não gerenciado para que o compilador do C# ou outra linguagem do .NET reconhece aquela função e detecte erros. Algo assim:

using System.Runtime.InteropServices;

public class Program {
    [DllImport("teste.DLL", EntryPoint="print")]
    static extern void print(string message);

    public static void Main(string[] args) => print("Chamando C");
}

Em C:

#include <stdio.h>
void print(const char *message) {
    printf("%s", message);
}

Coloquei no GitHub para referência futura.

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