Por incrível que pode parecer, o else-if
é o mais performático dentre as opções possíveis.
Neste e neste benchmark, analisamos que o Chrome possui um desempenho superior em condições else-if
quase que independente da versão do navegador.
O benchmark é um avaliador técnico. Pela lógica, o else-if
é uma condição simples e explítica, enquanto o switch
, por mais trivial que possa parecer, possui critérios (mais) complexos por trás – ele é sensível e inteligente porque consegue tomar decisões implícitas, como é o caso do controlador default
e os case
sem valor. Um else-if
, por exemplo, não consegue, naturalmente, determinar um caso padrão – você deve fazer isso sem subjeção; você deve fazer isso indicando explicitamente no seu código.
Simplificando, o switch
possui um algoritmo mais complexo por trás para que o possibilite tomar algumas decisões sem que tenhamos que dar explicações. Ele é mais autônomo; mais independente. O else-if
faz isso somente se alguém assim o disser.
Veja o seguinte exemplo:
var foo = 1;
switch (foo) {
case 0:
case 1:
case 2:
case 3:
alert('yes');
break;
default:
alert('not');
}
Mesmo que não usemos o default
, como no exemplo a seguir, a implementação da função switch
estará preparada caso formos o utilizar. Portanto, ele é convexo – se não usarmos algo, estará lá de qualquer jeito, e isso exige hardware; isso exige braço. Veja:
var foo = 1;
switch (foo) {
case 0:
// [...]
}
Um else-if
, por outro lado, não possui esses "coringas". Ele só vai tratar o que você disser para ele o fazer, do contrário, ele é hostil. Em suma, ainda no else-if
, não existem coisas preparadas que podem "engordurar" a sua solução caso você não a utilize – e isso o torna mais simples e quase que consequentemente mais performático.
Contextualização prática
O switch
possui as chaves reservadas case
, default
e et cetera. Se pararmos para pensar, ele precisa saber o que fazer quando o desenvolvedor chamar por default
e quando atribuir condições aos case
s.
Caso o desenvolvedor não atribua nada à default
, sem problemas! Ele possui um padrão de tratamento quando isso ocorrer – e o que esse padrão demanda? Mais código, mais lógica e finalmente mais performance. Como eu disse, o else-if
é mais objetivo e "burro" – ele precisa que você explique tudo o que deve fazer porque ele não é inteligente o suficiente para tomar decisões autônomas, o que diverge de um switch
.
Sobre processadores JavaScript
Como você pode perceber, o benchmark mencionado anteriormente consiste no navegador da Google, o Chrome, que possui o motor V8 como processador.
Cada motor possui um mecanismo próprio de compilação, sendo que esses mecanismos podem assumir compromissos mais ou menos performáticos dependendo de sua estruturação e implementação. O ponto que eu quero chegar é que, no caso do Chrome, o else-if
é "imbatível" porque por nos camarins as coisas funcionam de um jeito específico que dá esse mérito à ele.
Por outro lado, neste benchmark, ele avalia como o switch
sendo uma opção de maior performance se relacionado à cadeias de if
s no Firefox. O porquê disso? Compilador. Mais que a implementação do switch
lá, a filosofia de desenvolvimento é outra.
else-if
ou switch
, afinal?
Na minha opinião, pelo fato do Chrome ser mais utilizado que o Firefox e qualquer outro navegador, eu iria de else-if
no tema performance.
O switch
, em alguns casos, é mais semântico e a sua aplicabilidade se destaca: se a sua procura for essa – o que foge do escopo da pergunta –, então vá com ele.
Mentiras em potencial
Para fortalecer a minha resposta, antecipo algo que o usuário Maniero mencionou nos comentários: benchmarks são extremamente relativos, principalmente de navegadores modernos. Se você visualizar os benchmarks que compartilhei, é fácil identificar uma oscilação bem grande nos resultados ao longo das versões dos navegadores.
Onde quero chegar é: não que benchmarks não sejam confiáveis, mas eles não são totalmente confiáveis. Como repliquei ao Maniero, o ideal é utilizarmos estatísticas como um pouco de base e referência, mas não como a solução definitiva da paz.