Geral
Em algumas linguagens não há inicialização, é o caso de C, aí tem que fazer manual. Em C há um acesso bruto à memória e se o programador não cuidar da inicialização pega o que estiver na memória, ou seja, sujeira, o que foi largado por aplicação que tinha aquela área reservada, ou mesmo a mesma aplicação já que há um sistema de memória virtual. Isso valia antes e vale hoje.
Não é questão de pegar um número absurdo, pode pegar exatamente o que você quer. Só que você não tem controle se deixar a linguagem fazer isso. Pode mudar a cada execução. Não sei nem se podemos dizer que é totalmente aleatório.
Em C++ também é assim. Em Assembly mais ainda. Quase para por aí. Mas C++ possui construtores e algumas variáveis sempre serão inicializadas.
Em C# não é verdade. Valia antes e vale hoje. Não existe isso de tempos atrás, existe como a tecnologia funciona.
Aproveito para deixar claro que isso tem a ver com tipagem estática e não tipagem forte. As pessoas confundem muito no estilo de tipagem.
C#
C# é uma linguagem com memória gerenciada. Isso significa que ela não permite, até por especificação, que qualquer estado da memória esteja inválido ou com valor duvidoso. Os mecanismos específicos de como obter esse gerenciamento são especificados mais ou menos em aberto.
Todos os objetos em C# são alocados com algum valor padrão, não existe a menor chance de uma alocação de memória permitir acesso antes de todo seu dado ser inicializado. Em geral essa inicialização ocorre por um construtor.
Tipos por referência
Tipos por referência contam com duas partes, uma que estará no heap e será inicializado por um construtor. Mesmo que não tenha declarado um, mesmo que ele não inicialize todos os membros, o compilador inserirá código inicializado de todos eles no seu código.
Uma variável que contenha a referência, a segunda parte, será inicializado com null
(ponteiro para 0) sempre. Não há a menor chance de ter outro valor ali, a não ser que explicitamente o seu código coloque outra coisa. Então fazer:
object x = null;
é absolutamente desnecessário. Alguns usam porque acham que fica mais legível. Eu acho que não. Eu sempre acho que qualquer informação colocada que é inambígua e que deveria ser de conhecimento do programador não ajuda na legibilidade.
Particularmente não gosto de deixar um objeto ser null
, por mim esse conceito nem existiria na linguagem (de fato em versões recentes pode desligar isso), então eu inicializaria sempre um objeto por referência, mas se tivesse que inicializar com o null
e na forma atual da linguagem tem caso que é útil, eu só declararia a variável deixando a inicialização implícita mesmo.
Claro que alguma operação que tente realizar posteriormente pode exigir que não seja nulo ou que o nulo seja declarado explicitamente para evitar um bug inesperado. Por pura facilidade do compilador ele pode informar que uma operação possivelmente resultará em erro, então ele pode exigir que seja explícito para você mostrar a ele que está ciente que o valor deve ser null
. Mas muda nada semanticamente. Não é uma exigência para garantir o estado válido de memória.
Tipos por valor
Tipos por valores possuem alocação no mesmo local da variável e também precisam ser inicializados. A inicialização sempre é pelo valor 0 dele, ou seja todos os bits são preenchidos com 0, assim como no tipo por referência. Se não colocar valor algum é o 0 que será adotado. Então fazer:
int x = 0;
é desnecessário, a não ser por gosto.
Isso é o mesmo que fazer:
int x = new Int32();
Note que não existe valor padrão diferente de zero em qualquer objeto. O que existe é valor construído diferente de zero.
Isso não é uma coisa de primitivos da linguagem, mas alguns podem ter valores diferentes. É possível ter um construtor padrão providenciado pelo compilador. Veja:
DateTime x;
Tem valor 1/1/0001 00:00:00
, afinal se fosse tudo zerado seria uma data inválida.
O GC não poderia saber disso, não tem como ele ser responsável por isso.
Isso é feito pelo compilador. Não é que não tem inicialização, ela existe, só que é implícita. Tem os casos que é implícito no consumo, mas é explícito dentro do tipo.
Escolher ser explícito ou não, onde dá, é gosto, não muda desempenho ou semântica.
Coloquei no GitHub para referência futura.
Garbage Collector
Nada tem a ver com o coletor de lixo, tem com o gerenciamento de memória e é garantido independente do GC. Não é o GC que faz essa inicialização. A inicialização sempre ocorrerá por construção, mesmo que seja delegado a um mecanismo do runtime, que não é o GC. O GC trata da alocação.
Entenda que a construção do objeto tem duas fases, a alocação, feita pelo GC e a inicialização feita por código colocado pelo compilador ou pelo JITTer.
Conclusão
Tudo isto vale para variáveis de classe ou de instância também. A pergunta não fala se são variáveis locais, mas não importa. Claro que existem pequenas diferenças entre a inicialização local, de classe e de instância.
E vale para C#, não para o CLR. A limpeza da stack é configurável. E no heap só a construção irá zerar, também depende de como o compilador emite o código.
count
com o valor 0 e dpois usacount++
para cada vez que ele rodar