Os pilares são Abstração, Encapsulamento, Herança e Polimorfismo.
Abstração
É a capacidade de representar o mundo real em código, seja em classes e/ou interfaces e de criar um conjunto de rotinas capazes de serem reutilizadas para complementar outras, com seus detalhes de implementação ocultos de quem vai usar.
Envolve a implementação da lógica necessária para execução do código. Só que de forma “oculta” de quem usa. Pois quem usa, só precisa saber o que as classes/interfaces fazem, não como fazem. Este pilar é também considerado uma extensão do Encapsulamento.
Aviso Importante: Abstração não consiste necessariamente em criar uma classe abstrata.
Encapsulamento
Mecanismo usado para esconder atributos e detalhes de implementação dos dados passados para a instância da classe. Garantindo que o acesso a dados ocorra apenas através de métodos públicos, impedindo que eles sejam alterados em tempo de execução de fora da classe.
Sabe o que é interessante no encapsulamento? É que ele é uma extensão da abstração!
Por que? Porque quando aplicado ele garante que só a própria classe conheça os detalhes de implementação e disponibilize apenas o que é possível fazer com os dados da classe como dito na definição anteriormente.
E como que aplica o encapsulamento na prática mesmo? Simples: Tornando os atributos privados ou protegidos através dos modificadores de acesso ou visibilidade “private” e “protected” e criando métodos que retornem estes atributos apenas.
Aviso Importante: O encapsulamento em herança pode até ser “violado”, mas somente pelas classes derivadas (subclasses/filhas) , pois a visibilidade pode estar definida como protegida (protected), não como privada (private).
Herança
É uma das formas de relacionar classes/objetos e/ou compartilhar lógica de implementação.
Comumente utilizada para permitir o reuso das características (atributos) e comportamentos (métodos ) que são comuns para coisas que tem algum tipo de parentesco.
Esse tipo relação é comumente expressada como “classe pai e classe filha”, “Super Classe e Subclasse”, “Super Classe e Classe Derivada” e também como “é um(a) alguma coisa”.
Aviso Importante: A herança não é a única forma de criar relacionamento entre classes. Existem outras formas como Associação, Composição e Agregação. Mas aqui, apenas a herança será abordada. Pois ela é considerada um dos pilares da orientação a objetos, as outras são consideradas técnicas de relacionamento entre classes.
Polimorfismo
É o mecanismo que permite que duas ou mais classes que herdam comportamentos (métodos) através de herança, se comportem de forma diferente.
Ou seja, métodos com o mesmo nome podem executar códigos e lógicas opostas, parecidas, complementares ou completamente diferentes mesmo!
E isso pode ser feito de duas formas: Estática ou Dinâmica.
Polimorfismo na forma estática (Sobrecarga — Overload)
O polimorfismo na forma estática é também muito conhecido como “sobrecarga” ou para os mais íntimos como “overload”.
Isso permite a existência de vários métodos com o mesmo nome mas com quantidade, tipos e/ou ordem de parâmetros levemente diferentes.
Para aplicá-lo é necessário apenas criar outro método com o mesmo nome e uma quantidade de parâmetros diferentes, ordens diferentes ou tipos diferentes (ou não).
Polimorfismo na forma dinâmica(Sobreposição, Reescrita — Override)
Já o polimorfismo na forma forma dinâmica é também muito conhecido como “sobreposição”, “reescrita” ou para os mais íntimos “override”.
Diferente da sobrecarga (forma dinâmica), na sobreposição é necessário que os métodos tenham exatamente o mesmo nome, tipo de retorno e quantidade de parâmetros.
Para aplicá-lo, basta criar outro método com o mesmo nome, tipo e retorno, não precisa necessariamente ter parâmetros. A implementação de sua lógica que deve ser diferente.
Inclusive, ela pode ser complementada com o método da classe base (pai/herdada) caso ele já tenha implementação (Olha só como abstração pode ser complementada, lembra?)
Este conteúdo foi extraído do artigo que escrevi sobre o tema.
Você pode obter mais detalhes com exemplos práticos neste link aqui.
Referências
- WEISFELD, Matt. The Object-Oriented Thought Process. 5. ed. San Francisco, Ca: Addison-Wesley Professional, 2019.
- CARDELLI, L.; WEGNER, P. On Understanding Types, Data Abstraction, and Polymorphism. ACM Computing Surveys (CSUR). vol.17, pag. 471–524.
1985.