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  • Qual a melhor forma de criar, alterar e versionar procedures?

Onde trabalho nós fazemos da seguinte fluxo:

  • Verificamos se a procedure existe caso sim excluímos ela e então criamos novamente.

Para versionar eu utilizo um cabeçalho similar a esse:

/*------------------------------------------------------------------------------
Nome Procedure: SP_NOME_PROCEDURE
Projeto.......: Nome Projeto
--------------------------------------------------------------------------------
Autor                           Data                            Descrição
-----------------------------   ----------                      ----------------
Desenvolvedor 1                 01/01/2014                      Criação
Desenvolvedor 2                 01/02/2014                      Alteração
------------------------------------------------------------------------------*/
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  • Eu costumo guardar o código das procedures no meu sistema de controle de versão, e o controle é feito por lá.
    – bfavaretto
    12/06/2014 às 14:12

2 Respostas 2

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TL;DR

Em minha experiência, a melhor forma garantir a devida atualização de um sistema como um todo é versionado todos os artefatos, incluindo aqueles do banco de dados, em um sistema de gerenciamento de versões (SCM), e garantindo que todas atualizações serão aplicadas.

Más práticas

Falando especificamente do banco de dados, já vi várias equipes que usavam um banco de dados em desenvolvimento como modelo e então exportavam as alterações para produção. Isso sempre resultou em muitos problemas, tais como: alguém pode apagar o banco de dados sem querer, alguém pode realizar alterações sem que os outros percebam, alguém pode sobrescrever por engano alguma procedure e ninguém vai perceber e assim por diante.

Outra abordagem que considero falha é os desenvolvedores criarem um script específico para cada versão do sistema. Por exemplo, eles compartilham uma pasta na rede e a cada alteração alguém vai lá e acrescenta o que fez. O problema é que alguém sempre esquece de alguma coisa. E sempre acontece de alguém querer atualizar N versões de uma base, forçando os desenvolvedores a criarem um script personalizado juntado as alterações dessas N versões.

Boas práticas

Versionamento em um sistema de gerenciamento de versões (SCM)

Por isso, tenho como melhor prática ter todos os elementos do banco de dados (tipos definidos pelo usuário, tabelas, alterações em tabelas, views, procedures, triggers e carga de dados) cada um em seu próprio arquivo .sql em uma pasta versionada no SCM.

Os artefatos de bancos de dados recebem sempre a mesma tag do código-fonte para manter tudo do sistema "casado".

Idempotência

Se ocorrer um erro no meio de um script a estrutura da base de dados pode ser atualizada parcialmente. Então você terá que verificar individualmente quais atualizações foram ou não aplicadas e montar um novo script baseando-se nisso. É um trabalho grande.

Mas se cada alteração verificar se já foi anteriormente aplicada ela não causar erros se for executada novamente.

Então, cada arquivo .sql individual deve verificar de alguma forma se já foi executado antes de tentar aplicar alterações. Por exemplo, uma adição de coluna verifica se a coluna já existe.

No caso de procedures, triggers e views, elas podem ser sempre recriadas, exatamente como citado na pergunta.

Concatenação num script único

Pode-se ainda usar uma ferramenta qualquer para concatenar os diversos arquivos em um ou mais arquivos grandes a serem executados no ambiente de destino.

Como cada arquivo é idempotente, juntar todos em um único garante que a versão do sistema sempre será a mais atual, mesmo que o script seja executado numa base muito desatualizada.

Em um projeto que trabalhei, onde tínhamos todos os artefatos do banco de dados versionados e idempotentes, montamos um script que era capaz tanto de atualizar a base de uma versão para outra quanto de criar a base de dados completa do zero.

Existem algumas ferramentas que já se propõe a fazer isso por você, como citei nesta outra resposta.

Controle de versão no arquivo

Também uso um cabeçalho em cada script, cuja versão é vinculada com o CMS. Assim é possível rastrear em cada ambiente qual é a versão da procedure que deveria estar na base de dados de acordo com a versão do sistema.

Um caso interessante em que já trabalhei era um sistema que tinha versões específicas de procedures para Oracle e SQL Server. Como tinha as versões no cabeçalho, acrescentei no script de build do sistema uma validação para impedir o build caso a versão do cabeçalho de uma procedure PL/SQL estivesse diferente da versão equivalente em T-SQL.

Enfim, dessa forma pode-se verificar a consistência de uma instalação do sistema a qualquer momento.

Ferramentas Específicas

A abordagem apresentada acima é agnóstica ao SGBDR que você está utilizando.

No entanto, se você trabalho com uma tecnologia específica, consulte as ferramentas de controle de versão específicas.

Por exemplo, o SQL Developer da Oracle faz integração com o SCM e permite gerenciar os scripts pela IDE.

A Microsoft disponibiliza o SQL Server Data Tools para o controle dos artefatos de banco de dados em arquivos .sql. veja um artigo em Inglês sobre isso.

O MySQL Workbench possui um editor visual de banco de dados que faz sincronização com o servidor ou permite a geração de scripts a partir do modelo.

Considerações finais

Todos os conceitos apresentados devem ser usados de acordo com o projeto.

A exigência de controle varia muito se você tem um ou muitos clientes, se possui acesso direto ao banco de produção ou possui intermediação e análise de DBA's, etc.

Analise todas as técnicas e abordagens e escolha a que melhor se enquadrar para o seu caso.

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ou salva a .sql em uma pasta própria para isso ou edita a antiga como

stp_nome_procedure_bkp01
stp_nome_procedure_bkp02
stp_nome_procedure_bkp03

deixando no próprio database, já fui muito salvo porque eu tinha o código antigo da stp depois de x em X tempo faço uma limpa...

Eu costumo utilizar um cabeçalho parecido ao seu e deixo um backup da storedprocedure no proprio database...algumas exceções salvo em uma pasta própria.

Uma sugestão off topic é não utilizar sp_ como prefixo de stored procedure, prefira stp_ pq sp_ são stored procedure de sistemas...então o sistema verifica primeiro lá depois na suas..perde um pouco de desempenho

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