Em programação, é comum ouvir o termo objeto
, muitas vezes, definido em múltiplas definições vagas, se definido.
O que é, de fato, um objeto em programação (não se limitando à programação orientada à objetos)?
Stack Overflow em Português é um site de perguntas e respostas para programadores profissionais e entusiastas. Leva apenas um minuto para se inscrever.
Inscreva-se para participar desta comunidadeEm programação, é comum ouvir o termo objeto
, muitas vezes, definido em múltiplas definições vagas, se definido.
O que é, de fato, um objeto em programação (não se limitando à programação orientada à objetos)?
Um objeto físico é uma porção de átomos. É algo físico (dããã). Claro que em programação lidamos com abstrações. O que seriam os átomos para nós desenvolvedores? O bit, certo? A menor informação que o computador entende e é indivisível.
Então um conjunto de bits acaba formando um objeto se eles forem dispostos em um conjunto de quantidade e ordem específicas. Em tese um objeto poderia até ser um bit, mas na prática pra formar um objeto útil de fato precisamos de pelo menos 1 byte, possivelmente um conjunto deles, até muitos deles, que forme algo que possamos identificar especificamente. Obviamente que objetos podem ser formados por um conjunto de outros objetos.
O objeto aí é o dado, a informação. Não importa o que ou onde está. Pode até ser uma instrução, um código. Pode ser um valor inteiro, um caractere, um texto, um array, uma estrutura de dados qualquer, pode ser o que compõe um dicionário, ou um cliente na memória, em arquivo, no banco de dados.
Uma variável em programação é um nome que damos a um valor, ou podemos dizer que é um nome que damos a um objeto. Para facilitar é comum tratarmos a variável como se ela fosse o objeto. De uma certa forma a variável é um objeto também, mas é outro objeto, é uma caixa que contém o objeto que realmente importa (é só um local de armazenamento).
Estritamente falando o que foi dito pelo professor está errado, mas é plenamente aceitável fazer essa simplificação de dizer que a variável é o objeto, todo mundo faz isso. É comum usarmos quase sinônimos para enriquecer a linguagem e simplificar a comunicação. Objetos possuem identidade. Uma variável não.
Note que existem objetos que a única informação é um ponteiro para onde está outro objeto que é o que interessa mesmo para aquela variável. São os objetos por referência. Se há o ponteiro em um lugar e o valor que interessa em outro, são dois objetos.
Objeto nesse contexto é usado para algo genérico. Na matemática vemos isso ocorrer de forma semelhante.
A orientação a objeto é colocar o objeto como centro do desenvolvimento. Algumas pessoas acham que o termo só é usado nesse paradigma. Em OOP o termo tem definições um pouco mais específicas, mas é o mesmo objeto de outras linguagens, só muda a organização geral do código que o gera e manipula.
Na pergunta Por que usar ponteiros como parâmetros de funções? eu uso o termo objeto o tempo todo em uma linguagem que não é orientada a objeto. Todos usam esse termo em C o tempo todo.
Em outros contextos o termo pode ser algo totalmente diferente.
uma variável do tipo inteiro, é um objeto?
O inteiro é um objeto. De certa forma a variável não deixa de ser um objeto secundário, ela é onde está armazenado esse inteiro, mas o que importa é o inteiro. Mas dizer que a variável é um objeto inteiro é bem aceito e é compreensível.
Fazendo um adendo à magnífica resposta do Maniero.
Pelo contexto passado, creio que você está lidando com uma linguagem orientada a objeto com acesso a tipos primitivos, como Java e C#.
Um objeto em um mundo abstrato normalmente é definido como um conjunto de interações com o ambiente e, para saber como essas interações ocorrem, precisam ter estado interno. Artigo sobre linguagens baseadas em objeto da Wikipedia define um objeto como um conjunto de operações e estados. Nesse sentido, um tipo primitivo carrega consigo um valor, portanto é um objeto.
Em linguagens como Java, diz-se que algo é um objeto se ele é uma instância de uma classe (ou um array). Vide especificação da linguagem Java, capítulo 4. Agora, devido à restrição do contexto do qual estamos lidando, um primitivo não pode ser um objeto, pois ele simplesmente é, não é uma instância de alguém.
Aproveitando e aprofundando um pouco para Java:
Class
.Traduzo e comento aqui as definições da Wikipedia em inglês, com um ponto a melhorar na definição referente à orientação a objetos.
Em ciência da computação, um objeto pode ser uma variável, uma estrutura de dados, uma função, ou um método, e como tal, é um valor na memória referenciado por um identificador.
Corresponde à definição dada pela resposta aceita.
Nos paradigmas baseado em classes e orientado a objetos, um objeto se refere a uma particular instância de uma classe, onde o objeto pode ser uma combinação de variáveis, funções, e estruturas de dados.
Aqui cabe um esclarecimento. A definição não está errada, mas na maioria das vezes objetos são melhor definidos como sendo entidades computacionais que unem estado e operações que agem sobre esse estado. [1] [2]
Pelo menos quando esses dois componentes mudam juntos. [3]
Você pode construir um objeto de outras formas nas linguagens de programação, mas o princípio geral que guia a criação de um objeto (o encapsulamento) é unir dados e operações relacionadas a esses dados.
Encapsulamento é o ato de unir (co-localizar) esses dois componentes em um mesmo objeto. [4]
Alguns lugares confundem o encapsulamento com ocultação de informação, mas eles não são a mesma coisa [5].
Objetos também podem ser definidos como instâncias de uma classe, e classe como o molde do qual se fazem objetos, mas isso fica um pouco redundante.
No modelo relacional de gerenciamento de bancos de dados, um objeto pode ser uma tabela ou coluna, ou uma associação entre dados e uma entidade de banco de dados (como por exemplo relacionar a idade de uma pessoa a uma pessoa específica).