Em muitos dos sistemas que trabalhei ou que tive contato, a classe que representa um modelo geralmente é um POJO, o qual mapeamos seus atributos para colunas (para bancos relacionais) ou atributos (para alguns bancos NoSQL). Assim, em muitos dos ORMs, é mandatório termos os métodos acessores (getters e setters) para trazer e levar os dados para o banco de dados. Mas as boas práticas de orientação a objetos nos dizem que não devemos expor a estrutura interna dos nossos objetos, expondo, ao invés disso operações que alterem o estado interno dos objetos e mantenha a consistência do estado desse objeto.
Vamos dar um exemplo. Digamos que temos a classe Client. Essa classe tem um identificador, o nome do cliente e a data da última alteração. Não podemos alterar esses dados, mas queremos persisti-los. Caso queiramos modificar o nome, teremos que também alterar o id e a data de última alteração.
O ORM necessita dos métodos getters e setters, de forma que temos:
@Entity
public class Client {
@Id
private Long id;
@Index
private String name;
private Date lastChange;
public Long getId() {
return this.id;
}
public String getName() {
return this.name;
}
public Date lastChange() {
return this.lastChange;
}
public void setId(Long id) {
this.id = id;
}
public void setString(String name) {
this.name = name;
}
public void setLastChange() {
this.lastChange = latChange;
}
}
Da maneira que está, qualquer um, além do próprio ORM, poderia alterar o ID do objeto, provocando efeitos indesejados no restante do sistema.
Ao contrário, se fôssemos alterar utilizar a classe para respeitar as regras de orientação a objetos, teríamos algo assim:
@Entity
public class Client {
@Id
private Long id;
@Index
private String name;
private Date lastChange;
public Client(Long id, String name) {
this.id = id;
this.name = name;
this.lastChange = new Date();
}
public Long getId() {
return this.id;
}
public String getName() {
return this.name;
}
public void changeName(String name) {
this.name = name;
this.id = newIdFromClient();
this.lastChange = new Date();
}
private Long getNewIdFromClient() {
return (new Random()).nextLong();
}
}
Minha pergunta é:
Como conciliar essas boas práticas com as necessidades dos frameworks ORMs?