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Estive trabalhando com um aparelho que enviava para o meu software algumas informações, porém essas informações eram vindas no tipo IntPtr, para lê-las, eu tive que usar a classe Marshal do .NET.

O que é marshalling e o que acontece quando converto um IntPtr para String usando a classe Marshal?

1 Resposta 1

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Marshalling é parecido com serialização, é uma técnica de transformar um objeto binário adequado para a memória em um objeto em formato adequado para transporte entre processos, possivelmente em máquinas diferentes.

Especialmente no .NET é usado para comunicação com COM que é a base de muita coisa no Windows. Também é muito usado quando usa código não gerenciado em geral (chamado de nativo, embora o termo seja misleading). Outro exemplo é RPC.

Há um tratamento especial para ponteiros que obviamente não podem ser copiados diretamente, é preciso indicar que é uma referência para outro objeto que já pode existir onde será recebido ou precisa enviar também.

Mas de maneira geral a forma como o objeto é convertido depende de implementação. Pode ser que seja serializado mesmo, mas pode usar algum formato específico e protocolos da tecnologia usada, como o exigido pelo COM, por exemplo. O código não gerenciado possui diversos tipos próprios que não existem no .NET. Através do marshalling é possível acessar os dados na lado gerenciado de forma consistente.

o que acontece quando converto um IntPtr para String usando a classe Marshal?

Não é que você transforma um IntPtr em String, você pode transformar um objeto "nativo" que se encaixa bem com uma string nesse tipo do .NET, o IntPtr é o indicador de onde está esta suposta string e provavelmente é ele que servirá de referência para a string e que será armazenado em uma variável como se fosse uma string gerenciada. Note que nenhuma conversão é necessária, apenas se atende os protocolos. É por isso, por exemplo que o String do .NET termina com um nulo mesmo tendo o tamanho do texto disponível logo no começo do objeto, é uma questão de interoperabilidade direta sem conversões já que o C só entende o terminador nulo.

Dá para perceber muito disso que estou falando na classe Marshall. E também que ela não é nada simples e é preciso bom domínio de programação, funcionamento do sistema operacional, código nativo, etc. Mas praticamente ninguém precisa usar isto. É como o unsafe, é bom ter, mas é pra uso bem restrito, o que aliás é comum Marshal trabalhar com unsafe.

Coloquei no GitHub para referência futura.

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