Ela permite usar vários paradigmas :P
Sabendo que o paradigma é só um nome pomposo para o estilo, você pode programar em mais de um estilo. Se não tiver certeza absoluta do que é um paradigma e quais os principais, não deixe de ler este último link.
Como toda linguagem mainstream, Python tem o estilo básico de programação imperativa, que são a maioria do comandos, que controlam o fluxo, atribuição de variáveis, etc.
Ela tem uma influência do paradigma funcional, permitindo recursão, uso de lambda, compreensões de coleções de dados, etc. É um pouco de exagero dizer que Python é uma linguagem funcional, mas pelo marketing acaba-se usando, todas linguagens o fazem. De fato dá para adotar um pouco o estilo, mas só um pouco, bem pouco.
Além disso ela permite alguns paradigmas secundários. A orientação a objetos é o mais claro deles. Como ela permite o uso de classes com encapsulamento, herança e polimorfismo, ela se conforma com OOP (paradigma que está longe de ter a importância que muitos acreditam que ele tem, e isso não é opinião). Mas a organização do código pode seguir o paradigma procedural também, onde apenas funções simples são usadas.
Como a maioria das linguagens dinâmicas (que alguns até consideram paradigma) ela possui capacidade reflexiva (informações sobre a estrutura dos seus dados e códigos).
Uma linguagem dita multi paradigma tende a agradar mais pessoas e atende mais necessidades. E de fato tem um fundo de verdade que Python adota alguns estilos extras além do imperativo que é o seu forte.
Não se baseie na tabela comparativa da Wikipedia, tem muita coisa errada ali. Parece que foi feito por alguém que sequer entende o que sejam os paradigmas (na verdade feito por várias pessoas cada um com um background diferente, deve ter dado muita briga, foi algo criado em comitê que não tem consenso).
Coloquei no GitHub para referência futura.