Então - C é uma linguagem estáticamente tipada, sem suporte estático para objetos. por outro lado, ela te dá controle sorbe quase tudo o que quiser fazer, e provÊ um tipo de dados "genérico" - que é justamente o ponteiro do tipo void (void *). Quando você declara uma variável do tipo void *
- tudo o que o compilador "sabe" é que ele é um endereço de memória - e o seu programa será o único responsável por manipular os dados naquela região de memória.
Então, não é possível ter m objeto "genérico" que use "Structs" pré-definidas em C de forma dinâmica- - você não tem como passar um tipo de struct como parâmetro para uma função.
Isso quer dizer que você terá que estruturar seus tipos de objetos de forma que eles possuam alguns campos fixos, no começo da estrutura de dados, que descrevam o layout dos dados na sessões posteriores - (inclusive o tamanho).
Por exemplo, você poderia definir, em "português" mesmo, que para seus objetos, os dois primeiros bytes serao um inteiro de 16 bits definindo o comprimento de uma string, em que cada byte corresponde a um caractére ASCII definindo um campo - tipo "B - Unisgned char, b - signed char, I 32bit unsigned integer" - "L 64 bit unsigned integer", "Z 16bit size prefixed string".
E então você escreve funçoes que tratam dados com essa formatação conforme a descrição. Note que isso independe de você definir esse cabeçalho do objeto como um struct em si, ou simplesmente usar aritmética de ponteiros, dentro das suas funções, para alocar a memória necessária e manipular os atributos do seus objetos de forma dinâmica.
Para o tipo de objeto que eu descrevi acima, poderiamos ter essa função para criar novos objetos, alocando em tempo de execução a memória necessária:
#include <stdlib.h>
void *create_object(char *definition) {
short unsigned int size = 2, def_len=0;
void *new_obj=NULL;
for (int i = 0; definition[i]; i++) {
def_len ++;
size += 1;
switch (defintion[i]) {
case 'B': size += 1; break;
case 'I': size += 4; break;
...
}
}
new_obj = malloc(size);
if (!new_obj) {return NULL;}
(short integer *)(new_obj[0]) = def_len;
for(int i = 0; definition[i]; i++) {(char *)(new_obj[i]) = defintion[i]}
return new_obj;
}
(Uma função para manipular os campos em si, dentro dessa memória reservada, teria que ir verificando cada caractere da string de definição para saber a posição de cada campo, quando fosse acessar um campo pelo seu índice numérico):
int get_field_offset(void *obj, int field_num, char *type) {
int field_offset = 2 + *((short int *)obj);
for (int i = 0, j = 0; i < field_num; i ++) {
char field_type = (char *)(obj[i + 2]);
if (i >= *((short int *)obj)) {return 0;}
switch (field_type) {
case 'B': field_offset += 1; break;
case 'I': field_offset += 4; break;
...
}
}
type[0] = field_type
return field_offset
}
void set_field_value(void *obj, int field_num, void *value) {
char *type[1]=0;
int offset;
offset = get_field_offset(obj, field_num, type)
if (!offset) return; // field does not exist
switch (type[0]) {
case 'B': *(char *)(obj[offset]) = value;
case 'I': *(int *)(obj[offset]) = value;
}
}
void * get_field_value(void *obj, int field_num, char *type) {
int offset;
offset = get_field_offset(obj, field_num, type)
if (!offset) return NULL;
// Return the address of the exact field, and its type indication on "type"
return &(obj[offset]);
}
Então, perceba que com isso você pode manipular diferentes estruturas de dados, que mudam em tempo de execução, e nem precisa usar a palavra chave "struct" do C. Pode até mesmo usar uma definição de objeto que venha de uma entrada de dados - seja o usuário digitando, seja lendo de um arquivo texto.
void *coordenadas = create_object("ff")
set_field_value(coordenadas, 0, 23.0);
set_field_value(coordenadas, 1, 45.23);
...
(PAra isso, é só colocar f
como sendo float
ou mesmo double
nos switch cases acima) - e você pode guardar latitude e longitude nesses objetos.
Essa é uma forma "bem crua" - e já daria bastante trabalho para acomodar tipos de dados de comprimento variável aí dentro. Mas você poderia sofisticar quanto quisesse, por exemplo, adicionando um campo para contar quantas referências existem ao objeto (dessa forma, sempre que um trecho do código não precisar mais de um objeto, diminui um do contador de referências - se esse contador chega a zero, o objeto pode ser desalocado imediatamente, liberando a memória). Outra sofisticação interessante é incluir uma tabela de strings que permitira, por exemplo, dar nomes textuais aos campos. Claro que o código em C vai ficando proporcionalmente mais complexo.
Vários sistemas de objetos, ou protocolos de dados genéricos, são escritos em C puro, e todos eles tem que partir mais ou menos desses princípios (det er campos fixos no início dos dados que determinam o layout do objeto todo)- o framework "gobject", por exemplo, o "protobuf" do Google, o Cap'n'Proto
e a própria linguagem de programação Python - da qual, todos os objetos tem uma representação em memória que pode ser usada a partir da linguagem C feitos bem nesses termos. (Em geral, esses campos iniciais que definem o layout de um objeto não são visíveis se você acessa o objeto a partir de código Python, mas estão lá se você acessa os objetos a partir de C). A definição dos objetos em Python tem que ser incluida em qualquer extenção em Cque vá manipualr objetos Python, por exemplo, e para poder manipular objetos genéricos, ela usa os tipos (typedefs) definidos no arquivo object.h - veja esse arquivo, perto da linha 112.