Sem entender o seu problema é uma questão complicada de responder.
A pergunta não faz nem muito sentido.
Mas vamos lá - por que você quer declarar uma classe interna à outra?
A declaração da classe em si não cria objetos dessa classe - a única diferença é que para se instanciar a classe b
, no exemplo que você dá, é necessário se digitar a.b()
- nesse caso o Python busca dentro da classe a
o atributo b verifica que é "chamável" - como não é uma função ordinária, essa chamada não ganha automaticamente o parâmetro
self` que é colocado em métodos.
Ou seja, em :
class a:
def b(self):
...
Quando você chama b
o próprio Python coloca o atributo self
ali.
No seu exemplo, a classe a.b
é instanciada normalmente e não vai saber nada sobre a classe a
- muito menos sobre instâncias especificas da mesma.
A forma de se passar essa referência é instanciar a classe em um método - que pode ser usado como um "factory" dos objetos a.b
- isso fica praticamente igual está na outra resposta:
class a:
def __init__(self):
...
def b_factory(self):
return self.__class__.b(self)
class b:
def __init__(self, instancia_pai):
self.instancia_pai = instancia_pai
print(self.instanca_pai.n)
Você observou no comentário que "tanto faz a classa b estar dentro de a
" EXATAMENTE - porque para qualquer efeito prático, tanto faz mesmo.
Se a
precisar ter instâncias de b
atreladas a cada instância, pode fazer isso em seu próprio __init__
-
E a sintaxe do Python permite que você declare classes uma dentro da outra, e use essas classes como Namespaces
para atributos de classe - mas na hora que você quer começar a criar instâncias dessas classes, e ter referências a instâncias - (você quer o atributo self.n
de uma instância de a
), tem que passar essas instâncias como parâmetros para os métodos.
A resposta que você quer
Apesar de não fazer sentido o que você quer fazer, Python tem um mecanismo de atributos dinâmicos chamado de descriptors
, que pode ser usado para fazer o que quer você esteja precisando, mas do jeito "correto". Internamente é o mecanismo que o Python usa para acrescentar o parâmetro self
aos métodos, e é mais comum que seja usado em código de usuários com o decorator property
do Python.
É o seguinte: toda vez que o Python vai recuperar um atributo de uma classe, ele verifica se aquele atributo existe primeiro na classe (e não primeiro na instância) - se sim, ele verifica se o atributo tem o método especial __get__
. Se tiver, em vez de continuar a busca, o Python chama esse método __get__
passando a instância e a classe onde o atributo foi buscado como parâmetros.
Só que aí que a coisa fica diferente. O método __get__
tem que ser da classe do atributo recuperado. Se o próprio atributo for a classe, ele não funciona. Ou seja: para usar descriptors
as classes tem em seu corpo instâncias de classes que tem o método __get__
e não as próprias classes. Você pode até fazer a declaração aninhada mas, para funcionar, você tem que ter uma instância da classe aninhada, não a própria classe no corpo de a
:
Em resumo, seu código pode ser escrito assim:
class a:
def __init__(self,n):
self.n=n
class b:
def __init__(self):
...
def show(self):
return self.instance.n
def __get__(self, instance, owner):
self.instance = instance
c = b()
E com esse código você pode fazer:
a(5).c.show()
Mas não a(5).b.show()
(e sim, perceba que não faz a menor diferença a declaração de b
estar dentro de a
- e sim, se eu tivesse chamado a instância c
de b
daria na mesma - só que você não teria mais acesso a classe b
, apenas a uma única instância criada dela).
Não sei direito o que você quer fazer com classes aninhadas - mas veja a documentação sobre descriptors
, e provavelmente vai ver que eles é que pode fazer o que você está querendo fazer com as classes aninhadas.
A documentação oficial do Python sobre descriptors
é extremamente concisa e está toda aqui: https://docs.python.org/3.6/reference/datamodel.html#implementing-descriptors
E em geral, a classe de descriptors que vem pronta, property
, já faz tudo que é necessário: https://docs.python.org/3/library/functions.html#property