Qual é a diferença entre os métodos __str__
e __repr__
?
Os dois fazem a mesma coisa?
2 Respostas
O __str__
serve para exibir o objeto para usuário final, usada pelo comando print e pela função str
O __repr__
serve para exibir o objeto para o programador, usada pelo console do Python e pela funçao repr
.
Exemplo:
>>> import datetime
>>> today = datetime.datetime.now()
>>> str(today)
'2012-03-14 09:21:58.130922'
>>> repr(today)
'datetime.datetime(2012, 3, 14, 9, 21, 58, 130922)'
Veja mais aqui sobre repr
(en) e aqui sobre str
(en) na documentação.
Apenas complementando, no Python, existe ainda um terceiro método: __unicode__
, que funciona como o __str__
mas gera uma representação
objeto na forma de uma instância de unicode (em vez de uma string de
bytes, que é o que os outros dois fazem). Veja aqui a comparação(en).
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1Interessante é que eu nem sabia que existia essa função
repr
:p– Wallace Vizerra ♦10/01/2017 às 15:51 -
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1@WallaceMaxters são duas funções bem próximas com mesmo propósito. No PHP ainda existe o
var_dump
que aproxima uma pouco, porém a representação retornada é um código PHP válido.– viana11/01/2017 às 1:56 -
Vale acrescentar que se você definiu apenas
__repr__()
e não definiu__str__()
, então a primeira é usada como fallback da segunda. E__repr__()
não possui fallback. 14/04/2019 às 20:02
Resumo
__repr__
- quando precisa do código que reproduz o objeto
- gera output para o desenvolvedor
__str__
- torna o objeto legível
- gera output para o usuário final
As respostas dos usuários Alex Martelli e Md. Abu Nafee Ibna Zahid são muito boas.
Aqui fica minha tradução e remix das respostas em inglês:
Qual é a diferença entre
__str__
e__repr__
?
A implementação padrão é inútil
Isso pode ser um pouco estranho já que as implementações padrões do Python tendem a ser uteis. Mas nesse caso ter uma implementação padrão para __repr__
pode ser algo como:
return '%s(%r)'.format(self.__class__, self.__dict__)
Mas também pode ser perigoso (por exemplo, é fácil entrar em uma recursão infinita se objetos referenciarem uns aos outros). Nesse caso python se embola. Perceba que é um padrão quando um deles é implementado: Se __repr__
foi definido e __str__
não foi o objeto vai se comportar como __str__=__repr__
.
Em termos simples, isso significa: praticamente todo objeto que você implementar deve conter o __repr__
que será utilizado para "compreender" o objeto. Implementar __str__
é opcional, faça isso se você precisar da funcionalidade de "pretty print" por exemplo utilizado por um gerador de relatório.
O objetivo do __repr__
é ser inequívoco
Md. Abu é um programador que não é fã de debug-adores e afirma que mal sabe como utilizar um e nunca utilizou nenhum com seriedade. Ele afirma que os debug-adores possuem uma falha básica em sua natureza e que acredita com uma fé religiosa em logging
. Afirma com convicção que logging
é a força vital de qualquer sistema de servidor decente do tipo fire-and-forget (dispare-e-esqueça). E concordamos que com python é fácil fazer log: talvez com alguns projetos de wrappers específicos, tudo que você precisa é:
log(INFO, "Eu sou uma função esquisita e A é", A, "e B é", b, "mas tenho null em C — usando default", default_C)
Mas você tem que fazer a última etapa - certifique-se de que cada objeto que você implementa tenha uma repr útil, então o código como o citado vai funcionar adequadamento. É por isso que o "eval
" aparece: se você tem informação suficiente então eval(repr(c)) == c
, isso significa que você sabe tudo o que há para saber sobre c
. Se isso for fácil o suficiente ou pelo menos de uma maneira confusa, faça isso. Se não, verifique se você tem informações suficientes sobre c
de qualquer maneira. Md. Abu diz que costuma usar um formato similar ao eval
: " MinhaClasse(isso=%r, aquilo=%r)" % (self.isso, self.aquilo)
. Isso não significa que você pode realmente construir MinhaClasse
, ou que esses são os argumentos construtores corretos — mas é uma forma útil para expressar "isso é tudo que você precisa saber sobre esta instância".
Nota: Md. Abu usou acima %r
e não %s
. Você sempre vai quere utilizar repr()
(ou %r
o caractere de formatação equivalentemente) dentro da implementação __repr__
ou você estará fugindo do objetivo do repr
. Assim você será capaz de diferenciar MinhaClasse(3)
de MinhaClasse("3")
.
O objetivo do __str__
é ser legivel
Especificamente, não se a intençao é ser inequívoco - observe que str(3) == str("3")
. Da mesma forma, se você implementar uma abstração para IP, ter o str
com o valor 192.168.1.1 é ok. Já ao implementar uma abstração de data/hora, o str
pode ser "2010/4/12 15:35:22", etc. O objetivo é representer de uma maneira que um usuário, não um programador gostaria de lê-lo. Cortar dígitos inúteis, fingir ser alguma outra classe - contanto que ajude com a legibilidade, é uma melhoria.
Listas quando chamada o __str__
utilizam __repr__
Nota: Essa parte está bem complicada de traduzir, então comentários e edições são bem vindos
Soou estranho não é? Um pouco, como isso é legeivel
[moshe is, 3, hello
world, this is a list, oh I don't know, containing just 4 elements]
Legívle? Não muito. Especificamente, as strings em uma lista são muito fácil congundir sua representação de cadeia de caracteres. Em face da ambigüidade, lembre-se, o Python resiste à tentação de adivinhar. Se você quiser o comportamento acima quando estiver imprimindo uma lista.
l = ['moshe is', '3', 'hello \nworld', 'this is a list', 'oh I don\'t know', 'containing just 4 elements']
print("[" + ", ".join(l) + "]")
(you can probably also figure out what to do about dictionaries.
Resumo
Implemente __repr__
para qualquer classe que você for implementar. Implemente __str__
se você achar útil ter uma versão string que dá maior legibilidade em favor de ter mais ambiguidade.