As duas características fundamentais que diferenciam um "Software as a Service" ou sob demanda, de um software normal, também chamado de on premisse, são:
- ele é centralizado em algum lugar, normalmente uma nuvem pública, mas não necessariamente.
- o pagamento é feito de acordo com o uso, ou um valor periódico ou por unidade de consumo, tais como tempo, operações, valores movimentados (números de funcionários, certificados emitidos, etc.), ou qualquer outra fórmula que faça sentido.
Em geral você "compra" mais que o software, compra a infraestrutura e um suporte completo ao que precisa. Não precisa se preocupar com o hardware, rede (até certo ponto), backup, manutenção, upgrade da estrutura, update de versões, etc.
Nem sempre isto é verdade. Há casos em que apenas o modelo de pagamento mensal ou algo assim já caracteriza um SaaS. Mas há quem discorde destes casos.
Em tese é um "pague para usar". Pague de acordo com a demanda e isso tornaria os custos menores. Na prática é comum os custos serem maiores no longo prazo, mas depende um pouco de uma série de fatores.
É comum em softwares para web, mas nada impede o uso de outras formas. É comum precisar de um cliente, mobile ou desktop para acessar o software principal.
Muitos vezes há ganhos por haver um compartilhamento dos recursos usados (até mesmo pessoas) entre todos os usuários. Mas há um custo em tentar fazer tudo funcionar bem, para todo mundo, no mesmo ambiente. Pode ser até mais complicado ou cobrar um custo de falta de flexibilidade oferecida.
Há quem reclame da falta de controle, segurança e comodidade. Não é fácil identificar o quanto é uma boa solução.
Também vende-se a ideia de que é mais previsível assim. Na prática sempre que o fornecedor tem custos adicionais, não previstos, ele acaba repassando para o cliente. O que pode acontecer é ter menos custos imprevistos pela experiência do fornecedor, mas isso não é garantido. Dependendo do modelo adotado o custo pode ser muito menos previsível. E quando é previsível acaba cobrando pelo máximo que gastaria, pelo pior caso, o que não é vantagem alguma.
Esta é uma forma de melhorar o faturamento da indústria, tanto que depois dela, explodiu o faturamento de muitas empresas do setor, desde fornecedores de nuvem, quanto dos produtos que antes eram vendidos sem esse modelo, incluindo softwares básicos e específicos. Se a indústria está faturando tanto mais então não ofereceram menos custos como o prometido. Isso ocorreu justamente quando o modelo atual (antigo agora) de cobrança estava mostrando saturação. Algumas pessoas dirão que está se vendendo mais software que antes. Não vi evidências claras que seja isso.
É uma forma da indústria combater a pirataria.
Enfim, tem vantagens, mas também traz desvantagens e não vou listar todas porque nem é o foco da pergunta.
Ele tem irmãos: IaaS, PaaS, DaaS, MBaaS, entre outros.
Coloquei no GitHub para referência futura.