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Eu tenho algumas perguntas sobre os passos utilizados para a compilação de um programa em C.

Eu tenho como fonte de estudo o livro do Luis Damas (sei que não é aconselhável ter somente uma...), onde ele diz que a fase de compilação consiste na verificação sintática da estrutura do código a ser compilado. Caso não tenha qualquer erro, ele cria um arquivo objeto referente ao arquivo .c. Porém, ele não diz o que tem dentro do código objeto.

Afinal, o que compõe o arquivo objeto?

E quando incluímos um #include qualquer no nosso código, o pré-processador insere a biblioteca no nosso programa, ou somente um "link" que informa ao linker qual a biblioteca a ser utilizada e onde ela se encontra?

2 Respostas 2

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O #include é algo que só serve ao compilador. Já tem pergunta falando disso, não tem porque repetir aqui.

Já respondi em linhas gerais como funciona um compilador.

O objeto possui essencialmente o código binário que deverá executar. Esse código são bytes que fazem sentido para instruir o processador.

Claro que ele possui algumas informações que ajudam o linker montar o executável, tem tabela de símbolos públicos, informações de relocação, dados estáticos gerados, definições de referências, informações para depuração (quando é adequado), etc.

Pode usar o objdump para ver o que tem dentro dele. Ou o dumpbin se usar Microsoft.

Cada um pode ter um formato COFF é um dos formatos.

Para entender um pouco sobre o funcionamento do código binário já tem uma pergunta.

O objeto é gerado como unidade única de compilação. O compilador monte conforme é informado, não há uma correlação de um arquivo .c e um objeto.

O formato interno não depende do compilador e sim do linkeditor que ele quer se conformar. Tem compiladores que possuem linkeditores junto então até acaba dando para falar que é formato da ferramenta como um todo.

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  • Muito obrigado, eu vou estudar esses artigos. :)
    – user56497
    1/10/2016 às 19:21
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O formato interno dos arquivos objeto varia de compilador para compilador, eles não são obrigados a seguir um padrão sobre isso, mas basicamente o que têm lá é a lista das funções e variáveis globais do seu arquivo .c, já em formato de instruções de máquina. Os labels para jumps e chamadas de função ainda são temporários, o linker vai arrumá-los no momento da criação do executável final.

E sobre includes, pense neles sempre como se você desse um ctrl+c ctrl+v do arquivo que você está incluindo no arquivo fonte. O compilador precisa disso pra saber o nome das funções, seus parâmetros e o layout das estruturas de dados. Assim, ao chamar uma função que recebe dois ints o compilador sabe que tem que gerar instruções para colocar esses parâmetros na pilha antes de realizar a chamada. Então sim, é como se fosse um link mesmo, um espaço vazio que o linker depois substitui pelo endereço "real" daquela função no executável.

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