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Eu tenho uma classe semelhante a essa e queria que o código que ela executasse fosse passado como uma expressão lâmbda.

class T {
public:
    double execute();
};

Por exemplo:

T t;
int a = 0, b = 1;
t.execute([a,b]()->double{return (3*a + 5*b);});

Como ficaria a definição do método execute()? Continuaria como está? E a passagem da expressão lâmbda seria assim mesmo? Tentei inferir como seria o código olhando esse site: http://en.cppreference.com/w/cpp/language/lambda

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2 Respostas 2

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Achei a solução. Ela ficou assim:

class T {
private:
    double (*expression)();
public:
    T(double (*exp)()) : expression(exp) {}
    double execute() {
        return this->expression();
    }
};

int main() {
    T t([]()->double {return 1+1;});
    double val = t.execute(); // val = 2
    return 0;
}

Não era exatamente como eu queria mas resolveu o problema.

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O OP encontrou uma solução usando ponteiros de função. Ele escolheu passar o ponteiro pelo construtor e armazená-lo na classe. Outra possibilidade é passar o ponteiro de função diretamente para a função execute:

class T {
public:
    double execute(double (*expression)()) {
        return expression();
    }
};

int main() {
    T t;
    double result = t.execute([]() -> double {return 1 + 1;});
    return 0;
}

Ponteiros de função possuem uma sintaxe estranha, não permitem captura de variáveis do contexto (i.e, closures) e inlining.

Veja funcionando no Ideone.


Caso você precise de closures ou inline é possível utilizar um template para generalizar a expressão. Para boa parte dos casos essa é melhor maneira de passar uma função qualquer como parâmetro:

class T {
public:
    template<typename Func>
    double execute(Func expression) {
        return expression();
    }
};

int main() {
    T t;
    int a = 0, b = 1;
    double result = t.execute([&a,&b]() -> double {return 3 * a + 5 * b;}); 
    return 0;
}

As principais limitações da versão com template são:

  1. Não é possível "armazenar" esse tipo fora da classe
  2. A implementação precisa estar junto ao header

Veja funcionando no Ideone.


Caso as limitações acima sejam um problema, é possível recorrer à std::function, um wrapper para ponteiros de função, functors, lambdas, etc.

class T {
public:
    double execute(std::function<double()> expression) {
        // sem templates, expression pode ser "armazenada" em qualquer lugar
        return expression();
    }
};

int main() {
    T t;
    int a = 0, b = 1;
    // [&] captura qualquer variavel por referencia
    std::function<double()> func = [&]() -> double {return 3 * a + 5 * b;};
    double result = t.execute(func);   
    return 0;
}

Enquanto o uso de std::function é mais genérico quando comparado à ponteiros de função, o wrapper resulta em overhead durante a chamada. Também não é possível utilizar std::function com versões anteriores ao C++11 ou com inline.

Veja funcionando no Ideone.


Referências:

  1. SOen: Should I use std::function or a function pointer in C++?
  2. Lambda Functions in C++11 - the Definitive Guide
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  • Muito boa essa solução com o rapper. A vantagem de poder ser armazenado sobressai sobre a desvantagem do overhead. Além disso a sintaxe fica bem mais clara. 18/07/2016 às 18:45
  • Sim, para ser justo você poderia "armazenar" uma referência usando o template dentro da própria classe (a maior falha na minha opinião dessa abordagem, na minha opinião, é que templates de função não funcionam direito com auto). Dito isso, do ponto de vista de design std::function é realmente bem flexível. 19/07/2016 às 8:51

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