Quais ações um ORM deve suprir?
O que ele deve ou não fornecer ao desenvolvedor, ou qual seu papel dentro de um sistema?
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O que ele deve ou não fornecer ao desenvolvedor, ou qual seu papel dentro de um sistema?
Object-Relational Mapping (ORM) é uma técnica que permite consultar e manipular dados de um banco de dados usando um paradigma orientado a objetos. Ao falar sobre ORM, a maioria das pessoas está se referindo a uma biblioteca que implementa a técnica de mapeamento objeto-relacional, daí a frase "um ORM".
Uma biblioteca ORM é uma biblioteca completamente normal escrito no idioma de sua escolha que encapsula o código necessário para manipular os dados, para que você não use o SQL mais; você interage diretamente com um objeto na mesma língua que você está usando.
Por exemplo, aqui é um caso completamente imaginário com uma linguagem pseudo:
Você tem uma classe livro, que pretende obter todos os livros de que o autor é "Linus".
Manualmente, você faria algo assim:
book_list = new List();
sql = "SELECT book FROM library WHERE author = 'Linus'";
data = query(sql); // I over simplify ...
while (row = data.next()){
book = new Book();
book.setAuthor(row.get('author');
book_list.add(book);
}
Com uma biblioteca ORM, ele ficaria assim:
book_list = BookTable.query(author="Linus");
A parte mecânica é realizado automaticamente através da biblioteca ORM.
Usando ORM poupa muito tempo porque:
Usando uma biblioteca ORM é mais flexível porque:
Ele se encaixa em sua forma natural de codificação (é a sua língua!).
Ele abstrai o sistema DB, para que possa alterá-lo sempre que quiser.
O modelo é fracamente ligada ao resto da aplicação, assim você pode alterá-lo ou usá-lo em qualquer outro lugar.
Ele permite que você use OOP como herança de dados sem dor de cabeça.
Mas ORM pode ser uma dor:
Você tem que aprender, e as bibliotecas ORM são ferramentas não leves;
Você tem que configurá-lo. Mesmo problema.
O desempenho é OK para consultas habituais, mas um mestre SQL sempre fazer melhor com seu próprio SQL para grandes projetos.
Ele abstrai o DB. Enquanto é OK se você sabe o que está acontecendo por trás da cena, é uma armadilha para novos programadores que podem gravar declarações muito gananciosos, como uma batida pesada em um loop for.
"Traduzido de: What is an ORM and where can I learn more about it?
A própria descrição da tag já dá informações suficientes sobre o que é um ORM.
A sigla significa Object-Relational Mapping, mapeamento objeto relacional em tradução livre.
É uma técnica utilizada para fazer o mapeamento entre sistemas orientados a objetos e bancos de dados relacionais, onde as tabelas do banco de dados são representadas em classes e os registros das tabelas seriam instâncias destas classes.
Exemplo:
Tabela:
Pessoa
-----------------------------
Id Integer(10)
Nome Varchar(100)
DataNascimento DateTime
Classe (pseudo-linguagem):
class Pessoa
{
int Id;
string Nome;
DateTime DataNascimento;
}
Usando um ORM, o programador não precisa se importar em escrever as query's para consultas, inserções, etc. Isso é feito através da linguagem de programação, o ORM expõe uma API para lidar com estas operações.
Exemplo:
Sem ORM:
string sql = "SELECT * FROM PESSOAS";
SqlCommand command = new SqlCommand(sql, connection);
DataReader reader = command.Execute();
List<Pessoas> pessoas = new List<Pessoas>();
while(row = reader.Next())
{
pessoas.Add(new Pessoa
{
Id = Convert.ToInt(row["Id"]),
Nome = row["Nome"].ToString(),
DataNascimento = Convert.ToDate(row["DataNascimento"]);
};
}
Com ORM:
List<Pessoas> pessoas = database.Pessoas.SelectAll().ToList();
Perceba que isso é um exemplo simplório e apenas ilustrativo. Cada ORM tem uma forma diferente de trabalhar (esta é uma forma que eu inventei).
Existem diversas formas de se mapear uma classe com uma tabela, isso depende da ferramenta. Por exemplo, o Hibernate (Java) permite que o mapeamento seja feito usando arquivos XML, ou anotações na classe (modelo). O Entity Framework (.NET) permite que este mapeamento diretamente na classe (o nome da classe vira o nome da tabela e as propriedades viram as colunas) ou usando atributos (os DataAnnotations).
Estritamente falando a única função que um ORM deve ter é o mapeamento do modelo de dados encontrado no banco de dados (relacional) para o modelo encontrado na aplicação (orientado a objeto).
A fonte de dados não precisa ser necessariamente um banco de dados, principalmente não precisa ser relacional, mas isso é o mais comum.
Isso significa mapear as tabelas do banco de dados com as classes da aplicação, não necessariamente de um para um (embora seja o mais comum) traduzindo os tipos de dados, já que normalmente não há uma relação direta. Conhece alguma linguagem de programação que tem um tipo varchar
? Não, né? Então, isso é uma função do ORM.
Em geral o que o ORM faz é diminuir o boilerplate do acesso aos dados em modelos diferentes através de uma abstração do modelo. Isso é diferente do acesso direto relacional onde se enxerga tudo como tabelas mesmo. Com o ORM a aplicação acessa os dados de uma forma menos vinculada à fonte de dados.
É comum ORMs implementarem um repositório e terem uma linguagem própria para acesso aos dados, mas isso não é obrigatório. Isso costuma criar uma abstração que permite a adaptação para qualquer tipo de fonte de dados (dependendo da flexibilidade do ORM). Em geral há operações para a realização de um CRUD, mas novamente, isso é extensão da funcionalidade básica.
Não é simples fazer isso corretamente por causa do Object-relational Impedance Mismatch.
Claro que o ORM pode e frequentemente faz mais que isso. Há controvérsias se deveria. Há vantagens e desvantagens em fazer mais. É comum chamar esses frameworks mais "leves" (que só fazem o mínimo que um ORM deve fazer) de micro ORM.
Há uma pergunta sobre o assunto.
Há detratores do padrão. Há até um artigo bem famoso sobre o assunto. Muitas dessas críticas estão mais na forma como ORMs mais conhecidos funcionam do que no padrão em si. O mapeamento é necessário de alguma forma, o problema é exagerar. Uma visão menos parcial. Note que eu sou só o mensageiro, não atirem em mim se não gostarem do que está escrito aqui.