Qual a diferença entre DAO
e Repository
?
Ambas são muito parecidas, mas em qual caso é melhor usar uma ou a outra?
Gostaria de código de exemplos.
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Inscreva-se para participar desta comunidadeQual a diferença entre DAO
e Repository
?
Ambas são muito parecidas, mas em qual caso é melhor usar uma ou a outra?
Gostaria de código de exemplos.
O objetivo é o mesmo: Servir de abstração para persistir os dados.
Existe apenas uma diferença no seu modo de uso:
Um repositório está vinculado à regra de negócio da aplicação e está associado ao agregado dos seus objetos de negócio e retorna objetos de domínio que representam esses dados.
Já o DAO (Data Access Object) a principio tem o seu escopo limitado na captura e persistência dos dados de um objeto DTO (Data Transfer Object) que representa um registro da base de dados, consequentemente ele transmite apenas o mundo físico relacional da base de dados e não representa o mini-mundo real do negócio da sua aplicação.
Repository: Avaliacao é regra de negócio, engloba tudo sobre essa regra, retornando objetos de domínio do negócio
class AvaliacaoRepository
{
public List<Aluno> AlunosAvaliados();
public List<Gerente> GerentesAvaliados();
public List<Avaliacao> TodasAvaliacoes();
public List<Avaliacao> AvaliacoesEmAguardo();
}
DAO: Avaliacao / Usuario são Tabelas e suas funções retornam objetos (DTO) que representam os registros do banco de dados.
class AvaliacaoDAO
{
public List<DTOAvaliacao> TodasAvaliacoes();
public List<DTOAvaliacao> AvaliacoesEmAguardo();
}
class UsuarioDAO
{
public List<DTOUsuario> AlunosAvaliados();
public List<DTOUsuario> GerentesAvaliados();
}
DAOs
e DTOs
. Desta forma é bem aceitável que o seu Repository use o EF para persistir e gerar os objetos/agregados de domínio contextualizados.
14/04/2014 às 18:04
Aviso: decidi arriscar uma resposta pois achei as demais confusas ou abstratas, dando margem a diferentes interpretações sobre os padrões.
DAO e Repository são dois padrões de projetos importantes, cujos propósitos tem uma pequena área de intersecção. Porém, como veremos abaixo, eles diferem tanto em seus objetos, quanto em sua origem e implementação.
DAOs lidam diretamente com a fonte de dados e abstraem as operações realizadas nela. Repositórios provêm uma interface para tratar o armazenamento e recuperação de entidades do domínio como uma coleção.
Um Data Access Object (Objeto de Acesso a Dados) é um objeto que provê uma interface abstraindo um banco de dados ou algum outro mecanismo de persistência externo à aplicação.
Objetivos:
Exemplo:
interface ClienteDao {
void incluir(Cliente)
void atualizar(Cliente)
void atualizarUltimoAcesso(Integer,Date) //atualiza um campo
Cliente recuperar(Integer)
Cliente[] listarPorNome(String)
...
}
Em resumo, um método de um DAO segue o modelo:
umMetodoQualquerQueAbstraiUmaQueryEspecifica(ParametrosDaQuery)
Geralmente, cada método de um DAO executa uma única operação de leitura ou escrita no banco de dados.
Um Repository (Repositório) é um objeto que isola os objetos ou entidades do domínio do código que acessa o banco de dados.
Temos que um repositório implementa parte das regras de negócio no que se refere à composição das entidades. Ele é fortemente vinculado ao domínio da aplicação e este é um reflexo direto das regras de negócio, pois ele abstrai armazenamento e consulta de um ou mais entidades de domínio.
Entretanto, não podemos confundir isso com as regras de negócio no sentido de processamento das informações. Um repositório não deve incluir as regras de negócio no sentido de tomar decisões, aplicar algoritmos de transformação dos dados ou prover serviços diretamente a outras camadas ou módulos da aplicação. Mapear entidades de domínio e prover as funcionalidades da aplicação são responsabilidades distintas.
Um repositório fica entre as regras de negócio e a camada de persistência:
Portanto um repositório pode, inclusive, fazer uso de um ou mais DAOs.
A interface de um repositório muitas vezes é análoga à interface de List
do Java ou C#, provavelmente com a exceção dos métodos de pesquisa.
Exemplo:
interface ClienteRepository {
void persistir(Cliente)
Cliente recuperar(Integer)
List<Cliente> pesquisar(TermosDaPesquisa)
List<Cliente> todos()
}
No exemplo acima, num cenário mais simples, ClienteRepository.persistir()
pode fazer uso do método ClienteDao.incluir()
. Porém, ele pode também verificar se o cliente já existe e, neste caso, usar o método ClienteDao.atualizar()
. Indo mais além, se Cliente
é uma entidade de domínio mais complexa ele poderia carregar uma lista de endereços a partir de outro DAO.
Enfim, repositórios não contém regras de negócio, mas contém lógica para construir e persistir corretamente os objetos de domínio.
Frameworks como Hibernate (Java) ou NHibernate (.NET)disponibilizam uma interface bem mais próxima ao padrão Repository porque:
persist()
e find()
.Além disso, eles também fazem o papel do DAO, pois:
Em contrapartida, é claro que tais frameworks sem sempre conseguem substituir completamente um repositório específico da aplicação por serem muito genéricos. Então, mesmo ao usar um ORM, pode ser interessante não misturar suas regras de negócio com código específico do framework. Neste caso, criar Repositórios que fazem uso do framework faz sentido, como se fosse um DAO++, afinal você está num maior nível de abstração e não está abstraindo o acesso à fonte de dados.
O uso de DAOs é praticamente uma necessidade se você não usa ORMs, mesmo que você use outra nomenclatura, afinal você precisa de um lugar para colocar o código SQL.
Repositórios, por outro lado, são interessantes para aplicações um pouco maiores, onde o custo de adicionar mais uma camada de abstração é justificado pelo reuso em outros componentes, módulos e camadas.
Como já descrito acima, quando se trabalha com um ORM, faz sentido criar repositórios para abstrair o código específico do framework. O que não faz muito sentido (já vi isso por aí) é criar DAOs para abstrair o ORM, pois isso é forçar um pouco o conceito de DAO.
Repositórios também são bastante úteis para criar implementações alternativas para armazenamento. Como a interface é baseada em coleções, é fácil implementar uma versão do repositório usando uma lista em memória, artifício muito útil para execução de testes unitários ou de integração de forma independente do banco de dados.
A confusão começa porque tanto DAO quanto Repository abstraem de alguma forma o acesso aos dados, embora, como vimos acima, eles tem níveis completamente diferentes de abstração.
Outro problema é que algumas das operações (métodos) de DAOs e Repositórios são comuns e, dependendo da implementação, não tem diferença alguma. Parte disso é pela implementação incorreta dos padrões. Outra parte é porque nem sempre é possível seguir o modelo em sua completude, por exemplo quando a abstração em forma de uma coleção penaliza o desempenho de tal forma que um repositório precisa implementar um método de mais baixo nível para tornar uma funcionalidade viável.
Um ponto importantíssimo para entender que a diferença não é apenas acidental é entender a origem dos padrões. Enquanto DAO foi pensado principalmente para abstrair fontes de dados genéricas, o contexto em que Repository foi concebido envolve DDD e pode ser usado com outros padrões específicos. (fonte)
DAOs podem persistir e recuperar DTOs ou, em sistemas mais simples, das próprias entidades do sistema. Repositórios sempre fazem referência a uma entidade do domínio da aplicação. Claro que você pode estender o conceito para outras coisas, mas não deve ser a norma.
DAOs geralmente abstraem uma query no banco de dados. Repositórios pode necessitar de várias queries para compor uma entidade.
DAOs não gerenciam transações. Repositórios podem gerenciar ou pelo menos exigir a execução dentro de uma transação.
DAOs acessam diretamente a fonte de dados. Repositórios geralmente usam algum outro mecanismo para persistir dados, tal como um ORM ou os próprios DAOs.
Me desculpe, mas o Repositório não deve estar associado a nenhuma regra de negócio. Tanto o DAO quanto o Repositório devem ser "burros".
Um Repositório é a classe responsável por todo acesso a dados de uma Entidade, ações como incluir, editar, apagar, e diversas consultas ficam no repositório.
Outras classes em uma camada acima dos repositórios ficam responsáveis pelas regras de negócio e consumir os repositórios para acessar os dados.
Normalmente quando utilizado com interfaces a utilização dos repositórios agiliza drasticamente a criação da camada de acesso a dados.
Levando em consideração que você tem uma classe que herda de DbContext
chamada SuaClasseDbContext
(simplificando) desse jeito:
public class SuaClasseDbContext : DbContext
{
public DbSet<Autor> Autores {get; set;}
}
Essa interface diz todas as entidades devem ter um Id
, que seria correspondente a chave primária:
public class IEntidade
{
public long Id;
}
Um repositório genérico, onde a interface de um repositório que aceita qualquer classe que implemente a interface IEntidade
é definida com os método básicos:
public interface IRepositorio<T> where T: IEntidade
{
void Adicionar(T entity);
void Apagar(T entity);
void Atualizar(T entity);
void Salvar();
T ObterPorId(int Id);
IEnumerable<T> ObterTodos();
IEnumerable<T> ObterPorFiltro(Expression<Func<T, bool>> filtro);
}
Em seguida uma classe que representa uma entidade em seu sistema, veja que ela implementa a interface IEntidade
:
public class Autor : IEntidade
{
public int Id { get; set; }
public string Nome { get; set; }
}
Depois podemos criar o repositório implementando a interface definida:
public class AutorRepositorio : IRepositorio<Autor>
{
private readonly SuaClasseDbContext dbContext;
public AutorRepositorio(SuaClasseDbContext dbContext)
{
this.dbContext = dbContext;
}
public void Adicionar(Autor autor)
{
SuaClasseDbContext.Autores.Add(autor);
}
public void Apagar(Autor autor)
{
SuaClasseDbContext.Autores.Remove(autor);
}
public void Atualizar(Autor autor)
{
SuaClasseDbContext.Entry(autor).State = System.Data.Entity.EntityState.Modified;
}
public void Salvar()
{
SuaClasseDbContext.SaveChanges();
}
public Autor ObterPorId(int Id)
{
return SuaClasseDbContext.Autores.Find(Id);
}
public IEnumerable<Autor> ObterTodos()
{
return SuaClasseDbContext.Autores.ToList();
}
public IEnumerable<Autor> ObterPorFiltro(Expression<Func<Autor, bool>> filtro)
{
return SuaClasseDbContext.Autores.Where(filtro).ToList();
}
}
Na hora de usar fica assim, um Console Application, por exemplo:
IRepositorio<Autor> repositorio = new AutorRepositorio();
// Regra de negócio responsável por consultar todos os autores que comecem
// com a letra A
// a regra de negócio está no consumo do repositório e não dentro dele
var resultado = repositorio.ObterPorFiltro(a => a.Nome.StartsWith("A"));
foreach (var autor in resultado)
{
Console.WriteLine(autor.Nome);
}
Queries sql, jpaql, hql ou que seja, estão relacionadas sim a regra de negócio, não diretamente e sim indiretamente.
Para que você possa extrair exatamente as informações de que precisa de qualquer repositório de dados
, você precisa de um padrão para que essa extração seja feita, nos sgbds
utilizamos consultas sql
.
Data access objects são objetos destinados a abstrair a forma como são acessadas as informações necessárias para a execução das regras de negócio, seja através de um sgbd, ldap, arquivo, filesystem
etc. se adiconarmos regras de consulta nesses objetos engessaremos eles a apenas garimpar dados que vão obedecer aquela regra.
Repositories são responsáveis por manipular essas informações já garimpadas/extraídas, seja utilizando as linguagens relacionadas acima ou uma outra técnica para o mesmo fim, é claro que não teremos regras de negócio explicitas nesses objetos em função de uma melhor manutenção e ou evolução (mesmo que a implementação da regra seja uma query
) por esta razão nossos objetos de negócio farão uso desses "repositórios de dados" para que possam executar essas regras.
Um exemplo claro e bem pratico disso é a utilização de um mapeamento objeto relacional que pra facilitar o entendimento falemos do jpa/hibernate
, onde as classes responsáveis por conterem as consultas jpaql/hql
não são DAOS
(levando em consideração a definição acima), muito menos objetos de negócio mas tem a responsabilidade de conterem os dados que precisamos pra aplicar uma ou mais regras.