No paradigma da orientação a objetos, um objeto na sua forma mais básica possui comportamentos.
Se um objeto não possui comportamentos, ele não passa de uma estrutura de dados (cuja declaração e instância em Java têm a mesma forma que a declaração e instância de objetos, ficando a diferença nesta linguagem, portanto, apenas conceitual).
Se suas entidades forem anêmicas (desprovidas de comportamentos), ficando todo o comportamento de negócio delegado a outros objetos (que pela provável ausência de estado de negócio em si serão na verdade apenas classes agrupando funções), você estará adotando de fato o Anemic Domain Model, o que é, segundo a visão de alguns, algo muito distante da Orientação a Objetos (leia o artigo por favor para entender que, para Fowler, este é um anti-pattern).
Agora, se suas entidades publicarem todo o comportamento relativo a elas, sendo delegado a outros objetos apenas os comportamentos que não pertencem naturalmente a nenhuma entidade específica, então provavelmente você estará mais próximo do paradigma da Orientação a Objetos.
Se você deseja algo mais orientado a objetos, por assim dizer, então a decisão de se este método em questão pertence à própria entidade ou a uma outra classe depende sim de considerar qual é a função do método, ou seja: sobre o quê o método vai operar e quais resultados deve produzir. Não dá para decidir onde o método deve residir sem saber qual a sua função.