Porque C não obriga alocar memória. A linguagem pode acessar todo seu espaço de endereçamento de forma insegura. C é poderosa, performática e flexível, ao custo da robustez. Se o programador disser que quer acessar uma área da memória, a linguagem deixa. A falha de segmento só ocorrerá se o segmento de memória está protegido para acesso (escrita), o que não é o caso.
Está funcionando o que foi escrito, mas deixará de funcionar o que estava lá na memória anteriormente. Nesse exemplo irá funcionar por que é algo muito simples, em uma aplicação mais complexa provavelmente comprometeria a memória.
Poderia ter pego um endereço fora da área acessível pela aplicação, aí daria erro.
Sem alocar a memória, qual é o valor de s1
? É o que estava na memória anteriormente. Em C a memória não é limpa na declaração da sua alocação. C apenas reserva um espaço para uso, nesse caso na pilha da aplicação. Essa "sujeira" está dando "sorte" de ser algo que executa. Pode ser que tente mais tarde e já aconteça outra coisa.
Em todas as linguagens não basta testar para saber se está certo. Sim, o teste seria suficiente se realmente fosse possível testar todas as situações possíveis. Mas é virtualmente impossível alguém conseguir fazer isto. Por isto que sempre tem que entender como tudo funciona e saber o que está fazendo. Testar nunca é a solução, teste só prova que funciona em determinada situação, não prova que não funciona. Eu gostaria que todo programador entendesse pelo menos isto.
Em C isso é ainda mais válido.
A conclusão é que esse código está errado, mesmo que ele "passe no teste".
Coloquei no GitHub para referência futura.