Primeiro entenda os motivos para não poder alocar um objeto na stack. Aproveite e tente entender o funcionamento da stack e do heap, se ainda tem dúvidas.
Então o normal do Java é só colocar os tipos primitivos na stack (eles podem estar no heap também), já que atende os critérios de não escapar o escopo do método, ser garantidamente bem pequeno, etc. (veja os critérios no link acima). Está previsto em versões futuras que o programador poderá criar seus próprios tipos com semântica de valor, como são os primitivos, assim como já ocorre no C#.
O que a JVM pode fazer com as classes que, em tese, sempre são alocadas no heap é otimizar a alocação e colocar na pilha quando ele consegue determinar que isto é possível. Os motivos principais para atender isto são sujeitos à verificação da implementação real da JVM, mas podemos inferir algumas coisas que são os critérios gerais que regem a alocação de memória em qualquer tecnologia.
- A principal e fácil de descobrir é que o objeto precisa ser pequeno. Pode-se dizer que a JVM sempre sabe o tamanho do objeto quando vai instanciar. Só não posso garantir que é sempre viável verificar isto, acredito que sim, mas se por alguma razão houver um caso que não é, a indeterminação do tamanho impedirá a otimização. Em geral qualquer classe normal tem tamanho suficiente, arrays mesmo que usados em composição à uma classe é que podem ter dificuldade.
- O texto fala com clareza que é feito uma análise de escape para ter certeza que o objeto não sai dos domínios do método de alguma forma: por retorno direto, por anexar à um outro objeto qualquer que pode ser retornado, referenciado pelo argumento passado para o método, incluindo aí o parâmetro oculto
this
que dá acesso aos membros da instância.
Se não puder provar que o objeto não escapa, é preferível manter no heap. Mesmo que o objeto seja pequeno suficiente para fazer uma cópia, a semântica externa esperada não permite que se mude a referência pelo valor copiado.
Em alguns casos mesmo não escapando pode não compensar colocar na stack porque pode prejudicar a localidade de referência dos objetos que fazem a composição.
- É possível que existam outros critérios específicos que eu não saberia informar. Qualquer mínimo impedimento evitará a otimização. A JVM certamente preferirá um falso negativo que dificulta uma otimização possível do que um falso positivo que cria uma falha ou instabilidade à JVM.
Não é garantido que o objeto vá para a stack
Como toda otimização, não conte com ela, só ocorrerá para ajudar. Se depender dela para alguma coisa está esperando mais do que deve. O que pode funcionar de um jeito em um momento pode não mais ocorrer em outro, seja por uma mudança da JVM, seja por mudança em seu código. Nem sempre um mudança deixa claro o que pode ocorrer.
A otimização depende de implementação, não faz parte da especificação que ela deverá ocorrer. Então depende do fornecedor da JVM, da versão que está usando e das configurações aplicadas.
Coloquei no GitHub para referência futura.