O que é a operação desfazer?
O conceito de desfazer, possui sua melhor descrição nos sistemas de
versionamento de arquivos. Das variantes de comportamento entre os diferentes
sistemas de versionamento, vou destacar alguns parâmetros que considero
importantes, na construção de algo parecido.
Esses sistemas armazenam todas as alterações feitas nos arquivos (registros)
para sempre, na integra, ou na forma de diff em relação à versão anterior.
Isso quer dizer que é possível reconstruir qualquer um dos arquivos em
qualquer ponto do tempo, desde que exista um registro de cada alteração feita.
Cada registro, possui uma indicação exata de qual é a versão anterior
dele, sendo que um registro pode ter no máximo uma base. Isso pode ser feito
na forma de um apontamento, ou seja, uma referência ao registro anterior.
Assim sendo, dois registros podem ter como base o mesmo registro anterior.
Note que isso permite construir uma árvore de alterações.
Desfazer (ou até mesmo refazer), significa meramente alterar o HEAD de lugar,
seja isso feito na forma de uma flag, ou de um apontamento.
O HEAD é uma indicação de qual dentre todos os registros existentes na árvore,
é a versão corrente.
Finalmente, temos de considerar a unidade de trabalho para a ação de desfazer.
Nos sistemas de versionamento, é possível desfazer alterações menores do que a
unidade de trabalho, que seria um commit. Entretanto, isso não é algo de
extrema necessidade e você poderia simplesmente usar unidades de trabalho
menores, e permitir desfazer apenas na integra, mas não parcialmente.
Decidindo quais recursos devo implementar
Armazenar na integra, ou apenas os diffs
Armazenar na integra: armazenar tudo na integra torna tudo mais símples.
Não é necessário fazer diff dos registros, o que é uma tarefa complexa.
Para recuperar um registro em qualquer ponto,
não é necessário reconstruir desde o início, ou de um snapshot anterior.
Armazenar diffs: armazenar diffs pode ter vantagens, pois diffs são mais
compactos, e portanto requerem menos espaço de armazenamento.
Como saber qual é a versão anterior
- Apontamento para o anterior: eu recomendo um apontamento para o registro
anterior. Eu acho que é dessa forma que a maioria dos programadores esperaria
que fosse feito, e portanto é a que possui menor barreira de entrada para
outros programadores.
Implementando um indicador de HEAD
Braches: Existem sistemas de versionamento de arquivos que possuem
vários braches de desenvolvimento, ou seja, várias visões do que é a versão
corrente. Isso requer que exista algo no
sistema que represente um brach, e é esse objeto que irá dizer qual o seu HEAD.
Sem branches: Essa é a mais símples. Não existem várias visões do
conteúdo. Apenas um branch com apenas um HEAD. Ainda assim poderia existir
um registro específico para o branch no banco de dados, que aponte para o HEAD,
isso torna o sistema flexível e o permite se desenvolver para outros caminho,
ou então usar uma flag em um campo de um dos elementos da árvore... o que além
de inflexível, eu acho que seria mais complicado, principalmente para garantir
que só existe um registro da árvore que possui a flag ligada.
Sobre a unidade de trabalho
A unidade de trabalho é cada nó da árvore. Existem duas formas de desfazer,
uma que permite desfazer alterações menores que a unidade de trabalho, e outra
que permite desfazer apenas unidades de trabalho inteiras.
Desfazer unidades inteiras: essa é a forma mais fácil de implementar.
Requer apenas que o apontamento do HEAD seja alterado. Para permitir ações de
desfazer mais granulares, é possível utilizar unidades de trabalho menores.
Por exemplo, se o sistema é composto de POSTS atualizados por vários usuários,
como o StackOverflow, a unidade de trabalho pode ser uma postagem inteira, o que é o
caso, ou então se fosse necessário desfazer apenas tags independentes do
conteúdo, poderiam haver duas árvores de alterações: uma para conteúdo e outra
para tags, ou seja, dois sistemas de desfazer mais granulares.
Desfazer unidades parcialmente: essa forma de desfazer, não pode ser
chamada bem assim, pois ela requer um MERGE e portanto um novo registro de
alteração. Recorrendo ao exemplo anterior, em que se deseja desfazer conteúdo
e tags de uma postagem de forma independente, se a unidade de trabalho fosse
a postagem, então para desfazer apenas tags até um ponto passado P0
,
teria de se criar um novo objeto de postagem P2
,
copiando as tags do ponto desejado P0
, e indicando que a
nova postagem P2
é um MERGE entre o anterior P1
e o ponto P0
:
Resumindo: P2 => P0 + P1 (MERGE)
Dito isso, dá para ver que um sistema desses é bem mais difícil de se implementar.
ROLLBACK
de transações, né? Na SE, por exemplo, o que acontece é que nada é excluído do banco, somente é marcado como excluído. A última revisão de um post é a que vale, mas todas as anteriores são possíveis, e mantidas numa tabela específica. Essa é uma das estratégias possíveis.Rollback
s não, é do segundo caso mesmo. Eu tive essa ideia mas não sei qual o melhor jeito de implementá-la, e estava com medo de algo mais fácil de já existir e eu estar querendo reinventar a roda.