Depende do que significa "controlar o usuário", depende dos requisitos de negócio do cliente.
O CPF do usuário é útil para os negócios do cliente ou você só precisa disso por razões técnicas (identificação única de registro na base de dados, por exemplo)?
O negócio do cliente não exige o CPF
Se o negócio do cliente não exige, você não deveria solicitar documentos ao usuário. Brasileiros não gostam muito de compartilhar seus documentos se não perceberem o motivo ou se o benefício do serviço prestado por quem está pedindo o documento não for muito relevante.
Se você precisa apenas de um identificador do usuário para fins de login, pedir um email é melhor do que pedir CPF. Lembre-se que pedir o CPF não prova que o usuário é quem diz ser (eu posso usar o CPF de outra pessoa) e se você não está usando nenhum serviço para bater o CPF com o nome, também não está tendo garantia nenhuma.
Pedir um nome de usuário é ruim porque o usuário pode ter que inventar um na hora e pode ter dificuldade pra lembrar depois.
O cliente precisa do CPF
Se o negócio do cliente exige o CPF, é o cliente quem vai informar qual documento alternativo vai servir para ele, e se é necessário um documento alternativo.
Se não é necessário um documento alternativo, você pode gerar um código para o usuário estrangeiro. Neste caso o sistema terá que oferecer duas alternativas de login: o CPF e o tal código gerado. Talvez seja melhor, em vez disso, oferecer as alternativas de login por CPF ou email.
Quanto à chave primária no banco, mesmo que o CPF seja exigido pelo negócio, considere usar uma surrogate key (um número gerado automaticamente) e um índice único para a chave primária natural (no caso, o CPF).
É comum as mudanças nos requisitos de negócio provocarem mudanças na chave primária natural da entidade; usar surrogate key dá mais flexibilidade para receber estas mudanças de requisito com menos esforço de mudança da base de dados.
CPF como login
Os detalhes adicionados à pergunta demonstram a utilidade do CPF para o negócio. E quanto a usá-lo como login?
Várias empresas usam o CPF como login. Meu banco e minha empresa de internet, por exemplo, utilizam.
Não sei quanto à minha empresa de internet, mas o meu banco abre conta para estrangeiros, os quais obviamente não possuem CPF. Aí é que entra um esforço a mais no tratamento do login: o site do banco também admite login pelo número da conta, além do login por CPF.
Como eu já mencionei antes, você pode ter mais de uma opção de login, e é o que o meu banco faz. Você pode abrir a página de login com uma opção primária e oferecer um botão para o usuário decidir fazer login de outra forma; ou pode tratar de maneira transparente, aceitando mais de um tipo de login no mesmo campo. Pode ser que seja viável identificar o tipo de login que está sendo usado (CPF/Documento estrangeiro, Código/Número de conta, Email...) e daí executar a devida lógica no servidor.
Nem todos os usuários possuem CPF
No seu caso específico, uma parte dos usuários não possui CPF porque não são brasileiros, e não possuem nenhum documento padrão brasileiro porque estão em outro país.
Neste caso, você pode pesquisar algum documento equivalente ao nosso CPF em cada país que o negócio do cliente atende.
Quando o usuário estiver se cadastrando, ele deve indicar seu país, e então o sistema exige o documento específico. Quando o país dispuser de um algoritmo para validação deste documento, você pode implementá-lo (do mesmo jeito que decerto você faz com o CPF).
No momento do login, o sistema não precisa dizer "entre com o seu CPF", ele pode dizer simplesmente "login" e dar alguma dica de que o login é o documento do usuário.
Aceitando outros documentos que não CPF, o cliente aumenta a brecha para os usuários fazerem mais de um cadastro. Pelo que eu entendi, o único problema disso são as campanhas onde o usuário pode aumentar suas chances de ganhar se tiver mais de um cadastro. Já que pedir um documento, no seu caso, é apenas uma burocracia para tentar evitar este tipo de fralde, o que o cliente pode fazer é aumentar ainda um pouco mais a burocracia para diminuir os efeitos do aumento na brecha, como por exemplo anunciar na campanha e solicitar cópia do documento por email para proceder a entrega do prêmio, e só entregar no país declarado pelo usuário no seu cadastro.
Por fim, repito que a melhor solução aparece com a participação ativa do cliente, que deve ajudar a resolver os problemas e a decisão final pertence a ele.