Isso é feito para garantir que os arquivos não foram modificados. O sha-384
é um resumo criptográfico da família SHA-2, enfim é uma hash criptografia. Esse recurso é sensível a qualquer alteração, ou seja qualquer alteração no arquivo, mesmo que mínima, gerará uma hash diferente, acredito que essa explicação seja minimamente suficiente.
O integrity
serve justamente para que possa garantir que um arquivo alterado não seja baixado pelo usuário.
Imagine a situação:
- Vários sites usam o
https://maxcdn.../bootstrap.min.js
.
- Uma pessoa, mal-intencionada, consegue obter acesso ao servidor que está armazenando este arquivo.
- Essa pessoa altera o arquivo. Esta alteração é um JavaScript que tenta localizar por
form
e quando preenchido envia os dados para ele.
Resultado:
Todo mundo que usava este arquivo (https://maxcdn.../bootstrap.min.js
) terá o site comprometido, porque irá carregar um JS alterado, que irá enviar informações (ex. login/senha) para o tal pessoa mal-intencionada, afinal grande parte dos sites possuem formulários de login/senha, logo todos que digitarem vão enviar informações para esse atacante.
Isso pode ser comparado ao um XSS, só que ao invés de um usuário injetar um código, você mesmo injetou isto, indiretamente.
Existe outras maneiras de prevenir o caso acima, usando o CSP (Content-Security-Policy), ela inclusive pode obrigar que você informe o integrity
, mas isso está fora de questão aqui.
Como evitar isso? Teoricamente usando hash.
Uma vez que este arquivo não será alterado, você coloca:
<script src="https://maxcdn.bootstrapcdn.com/bootstrap/3.3.6/js/bootstrap.min.js" integrity="sha384-0mSbJDEHialfmuBBQP6A4Qrprq5OVfW37PRR3j5ELqxss1yVqOtnepnHVP9aJ7xS" crossorigin="anonymous"></script>
Isso irá garantir que este arquivo não foi alterado e permanece idêntico. Se um invasor alterar o arquivo ele irá ter outra hash, que não será equivalente ao que informou no integrity
, o navegador irá ignorar o arquivo baixado.
Você pode usar o https://www.srihash.org/ para obter as hashes de arquivos já hospedados, óbvio você deve fazer isto quando o arquivo estiver confiável, se não você vai calcular a hash do arquivo modificado.
Lógico que também poderá utilizar funções da própria linguagem ou bibliotecas como openssl
para calcular a hash dos arquivos e utiliza-las.
O uso de mecanismos automáticos, usando openssl (ou hash_file
, no PHP) é bastante útil se você utiliza um CDN (exemplo CloudFlare), você pode criar um init()
, função iniciada ao executar, que já calcula as hashes dos seus próprios arquivos, que posteriormente será armazenado no CDN. Assim, se o CDN ficar comprometido o seu site não sofrerá grande impacto, ao menos não que comprometa a seriamente a segurança.
O motivo do uso do SHA-384 ao invés de outro algoritmo da mesma família (ex. SHA-512) ainda não encontrei de fato. Entretanto, o motivo pode ser porque o SHA-256 e SHA-512 são vulneráveis ao length extension attack, mas não encontrei uma informação que prove que este é o motivo.