É difícil dizer sem conhecer o caso concreto e principalmente sem conhecer os requisitos, as regras do negócio ou mecanismo.
Primeiros problemas óbvios no código
Além do nome em ALL CAPS que não segue o padrão do C#, e o nome InterfaceController
também não seguir, o maior problema desse código parece ser ter uma interface que determina contratos demais. A maior parte das interfaces terão apenas um método, se tiver mais que um provavelmente um é dependente do outro ou estão intimamente interligados.
Apesar de parecer estarem ligados à primeira vista, eu tenho minhas dúvidas. Novamente, depende dos requisitos que eu desconheço.
O controller realmente tem que ser um CRUD "completo"? Pode ser que o problema seja o nome. Nem todo controller deve ter estes métodos. A interface é um contrato que terá que ser obedecido, ela diz o que você precisa implementar em qualquer classe que faça uso dele.
O que mostra um outro erro, o código passa a impressão que se ele fosse real deveria ter um código dentro dos métodos da interface. Isto é impossível no C# atual mas antes métodos de interface só podiam ser declarados, eles não podiam ter uma implementação definida.
Outro nome que é um pouco esquisito é o da classe. Um Cliente
deve implementar um controlador? (Veja o princípio de Liskov). Não seria melhor um controlador de um cliente implementar isso? Pode parecer bobagem, mas se não conseguir definir nomes corretos para o que cada coisa faz de fato no código fica difícil escrever um código coerente. Acho que ficaria melhor um ClienteController
. Assim como talvez deva existir um ClienteModel
. Este sim talvez até poderia ter o Model
removido do nome já que uma classe cliente pode ser exatamente o que estaria no modelo do cliente. Mas questiono isto em várias situações.
Fica mais estranho dizer que um namespace chamado CONTROLER
(não é só o caps que está ruim, o nome não me parece adequado também), ter "rotinas" que executam operações em banco de dados. Isto deveria ser algo contido no modelo ou até alguma coisa utilitária, externa ao MVC. O controlador deveria apenas controlar a interação entre o modelo e a visão através de requisitos provavelmente disparados pela visão. E uma classe que implementa o controlador está em um namespace chamado MODEL
? Muito esquisito.
Me parece que Inserir()
, Alterar()
e Apagar()
farão operações no banco de dados e não farão a ligação do modelo e visão conforme requisições, não parecem ser ações do controlador. Se for isso até faria sentido estar no modelo, ainda que nem todos gostam disto. Aí depende do ORM/DAL ou outro padrão que está usando para manipular o banco de dados (partindo do princípio que haverá um).
Mas não quero entrar muito nesse assunto aqui, porque a pergunta não é sobre MVC. Minha sugestão é estudar mais sobre MVC primeiro.
O exemplo específico
Como o exemplo ficou bastante conturbado fica difícil falar em específico. E talvez isto esteja acontecendo por estar criando um exemplo fictício demais. Ou seja, ele não tem requisitos, aí fica difícil escrever qualquer coisa coerente, qualquer coisa poderia ser válida.
Talvez esteja querendo implementar o padrão Repositório, mas precisa ver se é necessário. Pode ser que já vá usar algo que o implementa, aí é só consumir as interfaces existentes e não precisa pensar nisto tudo.
Quando usar a interface
Pode parecer uma resposta idiota, mas é impressionante como ela é necessária para muitas pessoas: você deve usar interface quando souber usar! Não caia na besteira de usar por usar, porque está vendo os outros fazerem. Se não entender completamente o conceito e não souber tomar as decisões certas talvez seja melhor não sair criando interfaces. Isto vale para qualquer coisa em programação, mas vale mais ainda para códigos que existem basicamente para organizar outros códigos. Imagine o efeito contrário que pode ter usando de forma errada.
Uma coisa boa pra fazer no começo é não criar interfaces e ver quando elas são necessárias, quando há semelhanças entre classes que permitam que algo em comum possa ser definido como um contrato a ser seguido. O VS tem ajuda para fazer isto automaticamente. Basta marcar o(s) método(s) que deseja ter na interface, e pedir para extrair para ela. Depois basta colocar a declaração dela em todas classes que já implementam (s) método(s) escolhidos para fazer parte dele. Muitas vezes isto ajuda pelo menos no começo. A observação do concreto ajuda enxergar o abstrato.
Claro que isto tem a desvantagem de não obrigar o planejamento prévio, que é um dos principais motivos para se usar a interface. Criando-as faz você pensar sobre o problema que está solucionando. Mas se não tiver experiência criará coisas artificiais e sem sentido, só piorará a situação.
Para que ela serve
Em essência interfaces devem existir quando você precisa garantir que certos tipos possuam uma determinada característica, porque esta última será necessária em algum ponto do código e com a interface você tem como dizer ao compilador que aquele tipo possui esta característica esperada. Obviamente o compilador exigirá que você implemente a interface, ele só não pode garantir que você fez da maneira correta, que cumpre tudo o que se espera. Ele só pode garantir que você escreveu alguma coisa sobre isto, que "implementou" alguma coisa na tentativa de atender o contrato.
Então qualquer método que espera receber uma interface pode receber qualquer objeto que a implemente, o compilador deixa e rejeita objetos de tipos que não fazem isto.
Interface é uma coisa do compilador pra ajudar gerar código corretos, nada mais que isto. A interface em si "desaparece" depois de compilado. A não ser que seja uma interface moderna que permite implementação de código, aí claro que a implementação não desaparece.
Complemento
Sugiro fortemente fazer novos exemplos, talvez mais simples com requisitos bem pensados para praticar o uso e perguntar aqui se está certo e o que pode ser melhorado.
Não vou entrar em mais detalhes porque tem muita informação sobre interfaces de forma geral aqui no site, alguns com bons exemplos de como usá-las:
Coloquei no GitHub para referência futura.