Esta resposta pode não ser correta para este caso, mas acho valido compartilhar o conhecimento.
O que é de meu conhecimento e experiencia, usar o INNER JOIN
na verdade você está amarrando o método de busca e filtro que o banco irá utilizar entre as tabelas.
De certa forma é como impor ao BD: primeiro vai buscar o registro "pai" e depois o registro "filho".
Se você tem certeza do relacionamento , conhecimento do conteúdo dos dados e que este conteúdo não é dinâmico o suficiente para afetar o modo como você montou o seu relacionamento, o INNER JOIN
sempre irá performar bem.
Porém.... nem tudo é perfeito e é comum ver SQLs monstruosos ou "analíticos" sob dados, relacionamentos relativamente complexos e dados de tabela que com o tempo vão mudando (explico mais abaixo)
Quando usado o padrão "não-ansi" (sem a clausula JOIN) , você deixa aberto para que o otimizador do engine escolha o modo de busca dos dados e isso ele faz baseado nos indices das tabelas envolvidas e principalmente nas estatisticas colhidas dos dados. (no caso do MySQL, comando ANALYSE
).
Dependendo de como for o join, filtros, indices e amostragem de dados , o otimizador pode escolher buscar primeiro o registro filho e depois o registro pai... algo que o INNER JOIN não permitiria (não por questão técnica, mas porque isso está escrito nas regras ANSI, porém tenho duvida se o MySQL respeita 100% estas regras).
Copiando e traduzindo (google tradutor) o texto do comando ANALYSE , manual do MySQL :
O MySQL utiliza a distribuição de chaves armazenadas para decidir a
ordem em que as tabelas devem ser unidas quando você executar um join
em alguma coisa diferente de uma constante. Além disso, a distribuição
das chaves pode ser usado no momento de decidir quais índices usar
para uma tabela específica em uma consulta.
Update Statistics
É por isso que é comum ver em qualquer banco, quando alguém reclama de lentidão a 1a pergunta é : você atualizou as estatisticas?
Isso vale para MySQL, Oracle, SQL SERVER, Informix, Postre, etc...
"Mutação" de dados...
Este exemplo é o que eu vejo mais comum de acontecer e facil de exemplificar.
Vamos supor uma tabela de pedidos de compras de um site, onde a tabela filha, de artigos comprados possui campos de status (Entregue, Pendente, Cancelado).
O montante da quantidade de pedidos com filhos em status Pendente é relativo ao que você filtra.
Se você tem uma base de dados com um bom histórico (milhares de registros), naturalmente o volume de status em Pendente será baixo... mas se olhar referente aos ultimos 2 meses, provavelmente será bem alto.
Dependendo do que você busca no seu SQL, ao relacionar a tabela Pai e Filha, filtrar o periodo e o status o engine pode considerar mais vantajoso e rápido iniciar a busca pelos registros dos filhos.
Vou tentar "desenhar" a situação:
Imagine :
- Tabela Pai de pedidos, com um historico de 5 anos e 100.000 registros de pedidos.
Tabela Filha de artigos, com 800.000 registros (média de 8 artigos por pedido).
Esta tabela possui a coluna de status e um indice sobre este status.
Isso quer dizer que :
800.000 artigos / 5 anos = 160.000 artigos por ano
160.000 / 12 meses = 13.300 artigos por mes.
Supondo que a empresa mantem uma boa qualidade de entrega e dificilmente você verá pedidos com mais de 2 meses com itens em status Pendente...
(isso quer dizer no máximo 27mil registros de artigos)
Você quer buscar todos os itens pendentes...
Mas você escreveu o SQL assim:
select * from pedido, artigos where pedido.pedido_id = artigos.pedido_id and artigos.status = 'P'
Devido as estatisticas de amostragem de dados, há grande chance do banco escolher iniciar o filtro pela tabela artigos pois ele irá buscar no primeiro passo apenas 27mil registros e então depois muito menos registros na tabela Pedidos.
Mas se você escrever o SQL no modo ANSI ou se por algum o banco escolher iniciar a busca pela tabela Pedidos , ele irá buscar os 100.000 registros da tabela Pedido + os 800.000 registros da tabela artigos e então filtrar o status.
Isso ocorre porque o filtro está no segundo nivel da busca...
Claro que um filtro de período ajudaria, mas há casos em que a lógica de negócio não permitira o que acaba forçando o desenvolvedor escrever o SQL acima.
Novamente... tenho duvidas se esta explicação se aplica 100% ao MySQL.
ANSI92(join)
.mysql
, pq as tags estão com outros bancos.