Não há uma diretriz na qual diga como devemos projetar o sistema.
Por isso, não podemos dizer que está certo ou errado armazenar tais dados na variável $GLOBALS
.
Todavia, há uma preocupação referente ao consumo de recursos desnecessários.
Exemplo prático
$GLOBALS = array(
'foo1' = array(1, 2, 3, 4, 5),
'foo2' = array(1, 2, 3, 4, 5),
'foo3' = array(1, 2, 3, 4, 5),
'foo4' = array(1, 2, 3, 4, 5),
'foo5' = array(1, 2, 3, 4, 5),
'foo6' = array(1, 2, 3, 4, 5),
'foo7' = array(1, 2, 3, 4, 5),
'foo8' = array(1, 2, 3, 4, 5),
'foo9' = array(1, 2, 3, 4, 5),
'foo10' = array(1, 2, 3, 4, 5),
);
Suponha que esse array seja bem maior e normalmente é o que acontece.
Por quê portar em todas as páginas, todos esses dados?
Imagine uma página que invoque uma função que necessita somente de "foo10". Nenhum outro dado desse array imenso será usado. Porém, estão todos lá ocupando espaço na memória.
Algo mais econômico é carregar os dados somente quando realmente necessitar.
Exemplo
foo10.php
<?php
return array(1, 2, 3, 4, 5);
pagina.php
<?php
$foo10 = include 'foo10.php';
Isso é suficiente, organizado, simples e leve.
Permite também que o aplicativo seja escrito de forma modular. Ou seja, torna possível a re-usabilidade das funções para aplicativos de lógica de negócios diversas.
Performance
Obviamente, é insignificante o custo com performance em sistemas de baixo volume de acesso, porém, o que importa aqui é que mesmo num sistema pequeno, você tem um aplicativo com códigos organizados. Se não faz diferença na performance, então por que não escrever de uma forma mais organizada?
No entanto, o sistema não precisa chegar a volume de tráfego titânico como facebook, youtube, google, entre outros, para começar a apresentar problemas de performance.
Um volume pequeno de 10 mil acessos únicos por dia já torna as micro-otimizações perceptíveis e, o assunto do qual falamos aqui tem uma significância muito maior do que uma micro-otimização.
Há um custo de performance no uso de include também, o qual pode ser até mais danoso do que se os dados estivessem todos num array.
Contudo, podemos resolver isso criando estruturas de cache de compilação. Não estou falando no uso de Memcache, APC e coisas do gênero. Podemos construir estruturas de cache inteligente usando puramente os recursos nativos padrão do PHP. Claro que isso exige muito trabalho, mas compensa no final.
Os caches de compilação tornam um aplicativo mais de 800% veloz. Isso significa que os gargalos de performance serão sentidos quando o volume estiver em 50 ou 60 mil acessos únicos por dia e, isso é um volume relativamente alto.
A grande maioria dos desenvolvedores de sistemas não possuem esse tipo de preocupação por motivos diversos, mas no geral é por achar desnecessário preocupar-se com otimizações. No primeiro problema com performance entram em desespero ou, por comodidade apelam para loadbalance, cluster, mirrors. Enfim, estruturas que aumentam significativamente o custo com infra-estrutura e manutenção.
Abandonar toda a estrutura, trocando por outra tecnologia não é algo muito inteligente a menos que seja algo muito defasado, inviável de continuar usando e, esse não é o caso do PHP.
O PHP é tão fraquinho e pobre como dizem?
Sempre desconfie quando alguém disser que PHP não é bom para alto volume de dados e "isso" ou "aquilo".
Por muitos anos, nós programadores PHP sofremos com preconceito, sendo taxados de amadores por usarmos uma linguagem fracamente tipada e que "permite total libertinagem" no desenvolvimento de aplicativos. Realmente o preconceito era bastante forte até 2007 e vem diminuindo drasticamente desde então.
Esse preconceito caiu como mito quando o facebook declarou publicamente que ainda utiliza o PHP e MySQL. Apesar de já existirem na época diversos outros exemplos de sistemas de alto volume de dados rodando sob PHP.
Ao invés de trocar de tecnologia, apenas aperfeiçoaram o que já estavam usando.
Portanto, evite acreditar no mito de que projeto grande tem que ser feito com tecnologias grandes, caras e pesadas como JAVA e Oracle (apenas exemplo). Hoje em dia isso é tão batido que soa ridículo.
Por quê o PHP é o mais criticado?
Simplesmente por ser o mais popular. Estima-se que esteja presente em mais de 85% dos sistemas web no mundo todo.
Há também as críticas maldosas de cunho comercial. Um concorrente quer vender o seu peixe e como não consegue vencer por méritos dignos, apela para a baixaria com calúnias e espalhando inverdades.
Bom senso
Como sempre, deve prevalecer o bom senso e discernimento.
Exemplo, para quê usar um framework, por menor e econômico que seja, para simplesmente montar um site de 3 páginas estáticas e um formulário de contato com 3 campos?
Um simples $_POST[] e mail() já resolve o trabalho.
Enfim, as técnicas, ferramentas e conceitos devem ser aplicados conforme o caso.
O conceito final depende muito do nível de experiência dos envolvidos no projeto. É isso que difere um profissional senior do amador, no âmbito técnico.