Não é o mesmo se o método é declarado como private
. Este modificador indica que o método só deve existir dentro da classe. É algo interna dela e ninguém mais deve ter acesso, nem mesmo os tipos derivados dela.
Se o método só existe nela, ele não pode ser visto ou acessado pelos tipos derivados, qualquer método que possua a mesma assinatura é um novo método. A sobrescrita só ocorreria se o método existisse para o tipo derivado. E mesmo assim se não fosse final
. Imagino que entenda que o final
também impede a sobrescrita.
O que talvez não saiba que ele não impede que exista um método de assinatura igual. Só que neste caso ocorrerá a sobreposição. Na maior parte dos casos não é o que se deseja.
Isto tem a ver com polimorfismo.
Quando o método é público e virtual, onde se espera um tipo mais genérico pode usar o tipo mais específico e o método deste tipo é que será chamado.
Quando o método não é virtual, o método que será chamado é sempre o do tipo genérico. Não ocorre o polimorfismo. Aí você pensa que o método com mesma assinatura no tipo derivado será chamado, mas ele não será. Ele só pode ser chamado diretamente.
class A {
public metodo() { System.out.println("A"); }
}
class B extends A {
@override public metodo() { System.out.println("B"); }
}
class Principal {
public static main() {
B x = new B();
teste(x); // imprime B porque B é derivado de A e o método é virtual
A y = new A();
teste(y); // imprime A
}
public static teste(A x) {
x.metodo();
}
}
Sem polimorfismo:
class A {
private metodo() { System.out.println("A"); }
}
class B extends A {
public metodo() { System.out.println("B"); }
}
class Principal {
public static main() {
B x = new B();
testeB(x); //Imprime B
teste(x); //por ser privado, é final, e o compilador não tenta acessar o tipo derivado
// não vai funcionar, teste() só consegue acessar o método de A, que é privado
A y = new A();
teste(y); //não vai funcionar
}
public static teste(A x) {
x.metodo(); //não compila, o método não existe, métodos privados não são acessíveis fora da classe
}
public static testeB(B x) {
x.metodo();
}
}
Note que aqui os métodos possuem a mesma assinatura mas um existe privativamente e ou outro publicamente. Eles não se confundem. Não dá para sobrescrever algo que não se pode sequer ver. Se é privado o compilador vai ignorar o método.
Sem polimorfismo mas tudo público
class A {
final public metodo() { System.out.println("A"); }
}
class B extends A {
public metodo() { System.out.println("B"); }
}
class Principal {
public static main() {
B x = new B();
testeB(x); //Imprime B, óbvio, não tem como errar
teste(x); //Imprime A, não há polimorfismo, ele só entende o que há em A
A y = new A();
teste(y); //imprime A
}
public static teste(A x) {
x.metodo();
}
public static testeB(B x) {
x.metodo();
}
}
Coloquei no GitHub para referência futura.