Primeiro, acontece que os "padrões não são de uso obrigatório", ou seja, não são regra para nada, não passam de uma solução para problemas comuns encontrados durante o desenvolvimento de um projecto. São como ferramentas que devemos usar apenas quando necessárias, e não quando achamos necessárias ou mesmo por acharmos que as devemos usar.
Injectar uma conexão numa classe, é o mesmo que injectar uma instância de conexão numa classe. E segundo o wikipédia ...
Injeção de dependência (Dependency Injection, em inglês) é um padrão de desenvolvimento de programas de computadores utilizado quando é necessário manter baixo o nível de acoplamento entre diferentes módulos de um sistema. Nesta solução as dependências entre os módulos não são definidas programaticamente, mas sim pela configuração de uma infraestrutura de software (container) que é responsável por "injetar" em cada componente suas dependências declaradas. A Injeção de dependência se relaciona com o padrão Inversão de controle mas não pode ser considerada um sinônimo deste. É também directamente associada a IoC como mencionado anteriormente e strategy patterns. «1»
Uma dependência pode ser vista como um serviço consumível, e uma injecção como um serviço consumido.
Exemplo: Para utilizar os serviços de determinada operadora, colocamos um chip dessa mesma operadora no telemovel e esse telemóvel fornece a rede e os serviços, e nós consumimos estes serviços sejam quais forem, dependendo do chip usado. Nesse caso teríamos o telemóvel como container, responsável por introduzir esses serviços ao utilizador.
Como qualquer outro padrão de projecto, estes não fogem a lógica, se usados quando desnecessários tornam-se um incomodo, o código torna-se demasiado complexo à custa de nada e sabe-se lá quais outros problemas podem vir a causar. E pelo que vejo é claramente isto que vai acontecer contigo. Ao optares por estender a classe PDO em vez de iniciar uma instância num construtor como é comum, vê-se claramente que querias algo simples, e um CMS é basicamente um aplicação voltada ao CRUD e outras operações básicas. Acho que se usares uma classe de conexão normal não haverá qualquer complicação.
Uma coisa é querer aprender e outra é usar desnecessariamente. Por mim, se quiseres aprender a trabalhar com patterns, recomendo que procures algo mais focado à patterns para trabalhar, em vez de investir recursos desnecessários em algo que podes fazer à custa de nada, se é que me entendes.
Quando são convenientes ?
- Você precisa injetar dados de configuração em um ou mais componentes.
- Você precisa injetar a mesma dependência em vários componentes.
- Você precisa injetar diferentes implementações da mesma dependência.
- Você precisa injetar a mesma implementação em diferentes configurações.
- Você precisa de alguns dos serviços prestados pelo container.
Sem mais delongas, acho que é hora de passar à alguns exemplos de uso, mas se quiseres aprofundar mais acerca de injecções, e também saber quais desvantagens possuem, ou mesmo pontos por mim omitidos, recomendo que leias estes artigos:
Ou podes simplesmente usar o Google para mais resultados. Ainda, se achares pouco esclarecedor, analisa o código de um framework qualquer que possua algum destes padrões implementado, assim podes ver como são aplicados em produção.
Exemplo sem Injecção:
<?php
#classe de conexão que estende a classe PDO
class Database extends PDO
{
private $data;
public function __construct()
{
# @Configuracao
$dsn = 'mysql:host=localhost;dbname=exemplo;charset=utf8;';
$param = array('dsn'=>$dsn, 'user'=>'root', 'pwd'=>'');
if(!empty($param)){
try{
parent::__construct($param['dsn'], $param['user'], $param['pwd']);
} catch(PDOException $e){
die($e->getMessage());
}
}
}
public function select($tabela, $args=null){
if(!empty($tabela)){
if(!empty($args)){
$sql = "SELECT * FROM {$tabela} WHERE {$args[0]} {$args[1]} {$args[1]}";
} else {
$sql = "SELECT * FROM {$tabela}";
}
if($this->data = parent::query($sql)){
return $this->data;
}
}
return false;
}
}
?>
Classe que consumidora da conexão
<?php
require_once 'class.database.php';
class Books
{
private $_db;
public function __construct()
{
$this->_db = new Database();
}
public function fetchAll($tabela)
{
if($query = $this->_db->select($tabela)){
if($resultado = $query->fetchAll(PDO::FETCH_OBJ));
return $resultado;
}
return false;
}
}
$instancia = new Books();
$livros = $instancia->fetchAll('exemplo');
foreach($livros as $livro){
print "ID: #" . $livro->id . "<br/>";
print "Titulo: " . $livro->titulo . "<br/>";
}
?>
Exemplo com injecção:
<?php
include_once 'class.container.php';
class Books
{
private $_db;
// Construtor
public function __construct(Container $param)
{
$this->_db = $param->Connect();
}
// Método que faz uso dessa instancia
public function getAll($tabela)
{
$sql = "SELECT * FROM {$tabela}";
if($query = $this->_db->query($sql)){
while($resultado = $query->fetchAll(PDO::FETCH_OBJ)){
return $resultado;
}
}
return false;
}
}
# @Books exemplo
# @Configuração:
$param = array('dsn'=>'mysql:host=localhost;dbname=exemplo;charset=utf8;',
'user'=>'root',
'pwd'=>'');
# Injecção do @Container na classe @Books
$livros = new Books(new Container($param));
# Retornar os resultados da tabela @exemplo
$resultados = $livros->getAll('exemplo');
foreach($resultados as $resultado){
print $resultado->titulo . "<br/>";
}
?>
Este seria o container, utilizando um construtor.
<?php
class Container
{
private $instancia, $params;
public function __construct($params)
{
$this->params = $params;
}
public function Connect()
{
if(empty($this->instancia['db']))
{
$this->instancia['db'] = new PDO($this->params['dsn'],
$this->params['user'],
$this->params['pwd']
);
}
return $this->instancia['db'];
}
}
?>
Estes exemplos passados, são implementações muito simples desse padrão, normalmente criam-se rotas mais complexas para que funcionem de forma mais deliberada com diferentes configurações nas mais variadas situações. Essas configurações que aí estão, são algo que quase não se vê numa implementação mais aprofundada do padrão.
No final, não sei se terei cometido um ou alguns erros algures, mas é isto aí, a mais integra resposta que pude dar.