Por que jQuery?
O jQuery foi lançado em 2006, em uma época em que as APIs mais utilizadas do JavaScript não eram 100% compatíveis entre os navegadores. Essa camada de compatibilidade do jQuery acabou com que 90% dos top 1.000.000 de sites do mundo utilizassem essa biblioteca. É um número muito expressivo.
Dados de uso do jQuery entre os sites mais visitados do mundo.
O grande ponto do jQuery não é a sintaxe compacta, e sim a compatibilidade entre os navegadores. Fazendo uma análise crítica, a sintaxe do jQuery não é nada clara: você não consegue dizer o que $("#abc")
está fazendo.
JavaScript puro
Mas o JavaScript evoluiu, se consolidou, e ficou maduro com o passar dos anos. Tem-se uma especificação (ECMA-262) bem definida, e hoje, seguida pelos navegadores. Antes isso era sonho.
Hoje, fazer uma requisição HTTP com JavaScript puro é muito simples:
var request = new XMLHttpRequest();
request.open('POST', '/my/url', true);
request.send(data);
Outra facilidade do jQuery são as animações, porém, em 2019, isso é muito melhor executado com CSS, por utilizar GPU e não CPU para algumas coisas.
@keyframes fadeIn {
0% {opacity: 0;}
100% {opacity: 1;}
}
E o problema de compatibilidade entre os navegadores foi resolvido tanto pela maturação do linguagem e das especificações, mas também pelos compiladores, como o Babel. Ele transforma:
[1, 2, 3].map((n) => n ** 2)
em
[1, 2, 3].map(function (n) {
return Math.pow(n, 2);
});
jQuery ainda é necessário?
De fato, jQuery foi necessário, tal que 90% dos top 1.000.000 de sites do mundo utilizaram. Era inviável programar para cada engine de JavaScript de 2006. Mas hoje, existem alternativas melhores, mais performáticas, e mais elegantes para resolver o problema mais crítico: compatibilidade. Talvez você não precise de jQuery.
Verbosidade não é necessariamente ruim. E simplicidade não é necessariamente bom.