Confesso que nunca tinha visto o termo, até por não ser um programador de Java. Fui pesquisar e achei a documentação oficial que fala sobre. Também em outros lugares é falado apenas quando usa o try
with resources. Portanto nesse código não faço ideia, a não ser que o código real não seja o apresentado. Na verdade o código nem demonstra como a exceção é lançada.
O que eu consigo ver é que o código é um dos maiores ofensores de uso de exceção que eu já vi, falhando em quase todos os quesitos, ainda que pregado por algumas pessoas. Pode ser visto em: https://pt.stackoverflow.com/a/30168/101, https://pt.stackoverflow.com/a/56299/101, É correto programarmos retornando exceções ao acontecer algo esperado?, Como melhor tratar exceções em Java? e É uma boa prática lançar exceção nesses casos? entre outras. Então pense bem se deseja fazer tudo isto, não parece uma boa idea, o melhor é resolver o problema real.
Tem algo em seu código que você não sabe o que é? E por que o usa então? Nunca use algo sem dominar o que ele faz.
Se ainda quiser insistir nisso, se quer ignorar a exceção e continuar executando o código para depois ver o que fazer, aí ok, eu acho que é o mecanismo errado, mas o prejuízo será só seu.
O mecanismo foi criado justamente para os casos que mais de um erro ocorre e não quer tratar de imediato, em geral, e pra isso foi criado, porque uma exceção está ligada à outra, se não está não deveria ser usada.
Eu percebi que está querendo e vi outras pessoas usarem como um mecanismo de agregação em que acumula diversos erros (que não deveriam ser exceções) em um bloco único. Pode ser feito, claro, o mecanismo deixa. Você terá que usar o getSuppressed()
para obter essa lista quando resolver tratá-las, o que não foi feito no código, pelo menos que podemos ver, só por isso viu estourar as exceções.
Então para todos os efeitos o que importa é a exceção ser colocada em uma lista e não ser tratada como normalmente acontece.
Então seu entendimento está parcialmente correto. Só que é preciso entender como as coisas funcionam de verdade.
A exceção é um enorme goto
, sabe o mecanismo que as pessoas gostam de bater? Só que bem pior porque você não sabe onde vai parar, ao contrário do goto
que é sempre logo ali algumas linhas de diferença dentro da própria função.
Então quando você lança uma exceção o código vai parar em algum `catch´ que você não sabe onde é. Neste momento é considerado que você tratou a exceção, não importa o que você faça ali. Pode até relançar a mesma exceção, pode lançar outra exceção, mas não existem duas exceções em funcionamento ao mesmo tempo, só pode lançar outra exceção quando a anterior já foi encerrada. Você pode ir no supermercado e na escola ao mesmo tempo?
Se tiver duas pessoas aí pode, cada uma vai para um lugar. Ver mais em É sempre garantido que uma aplicação com múltiplas threads rode mais rápido que usando uma única thread?. E este é um motivo legítimo para usar o mecanismo. Código paralelo é extremamente complicado de lidar quando sai do básico.
Então a ideia de supressão é justamente guardar a exceção que você deveria ter tratado e não tratou.
A parte interessante é que você poderia fazer isto com um mecanismo próprio. Feito com um mecanismo do runtime, ele tem conhecimento e pode usar como desejar a informação armazenada. Se é o que deseja, ótimo (sem entrar no mérito do conceito todo estar errado, pelo menos para um grupo de programadores), se não é, é o mecanismo errado. Quando deixa estourar exceção o runtime vai usar de alguma forma, por exemplo exibindo na tela a lista que ele tem de exceções que você oficializou como suprimidas.
Você só consegue se livrar delas tratando de alguma forma a exceção existente. Até mesmo pode engolí-la, o que não é recomendável, mas pode ter algum caso para usar, provavelmente porque todo desenho da aplicação esteja errado.
A exceção suprimida não é uma exceção lançada assim, ela é uma exceção normal que foi suprimida, pelo seu código, você decidiu não tratá-la, mas guardá-la.
Na documentação diz que as exceções devem ser irmãs, e não que deve usar para produzir um lista de exceções. Não deixa muito claro as consequências, mas não importa já está sendo usado para o motivo errado.
Eu só quis falar sobre o que é a pergunta título. No seu cenário eu não usaria exceções, até onde eu o entendi.
Map
ou de outra forma. Coletar usando o mecanismo deexcecao1.addException(excecao2)
irá disparar esse comportamento de reportar na saída-padrão exceção suppressed / suprimida (isto é, coletada mas ignorada pelo mecanismo de tratameto de exceção do seu programa - não compilador, pois não está em tempo de compilação e sim de execução).