Isto está conceitualmente errado, e usando o termo que usou na pergunta, é uma prática ruim (ainda que eu não goste dele porque isso faz a pessoa achar que é regra mágica). Pelo menos é o que posso dizer avaliando o que está na pergunta, que me obriga inferir certas coisas. Ou seja, sem informação adequada não dá para responder bem isso.
As pessoas acham que orientação a objeto é usar os mecanismos básicos dela como herança, polimorfismo e encapsulamento (que as pessoas nem entendem o que é e fazem outra coisa), mas na verdade é fazer o objeto ter um significado e se esses mecanismos serviram para isso, ótimo. Então só saber se tem um método em comum não basta para definir se a herança é adequada. Eu posso ter um save()
em Pdv
tanto quanto em Relatorio
, ou Texto
, ou Banco
, ou Abobrinha
que nada têm a ver com Pdv
.
Ao contrário do que as pessoas acham, herança não serve para pegar métodos quaisquer de outras classes, serve para mostrar que há uma relação clara entre essas definições de tipos. A herança é só um caminho para fazer isso. Não é para pegar qualquer coisa sem sentido e herdar.
Com exemplos artificiais tipo Vendas
que tem um save()
que não faz algo útil, ou algo que funciona biologicamente e é uma herança clara, mas que não se encontra na prática em sistema algum (a não ser de biologia) as pessoas não podem aprender o que de fato precisam fazer em um sistema real.
Isso é bem definido por Liskov. A herança só se dá quando um objeto tem uma classificação clara acima dele que define integralmente o que ele é. Diz-se que o objeto é um outro objeto.
Pdv
não é um Vendas
. Um PDV faz vendas, mas não é um, portanto não faz sentido ter herança só pelo nome. E se não for dar nomes adequados para as coisas pra que programar orientado a objeto? Isso é fundamental nesse paradigma.
Mas quero reforçar que nem dá para responder com propriedade porque nem nessa classe Vendas
e nem no complemento da pergunta diz para que ela serve, e não dá para programar corretamente assim.
Parece que não precisa de herança aí, mas se precisar tem que ser com uma classe que generaliza o que é um Pdv
, não dizer que ele tem alguma coisa útil para esse PDV.
Piora ainda mais que Vendas
é final
e não pode ser herdada, aí está completamente errado.
Herança não foi criada para injetar o que você precisa no objeto.
É possível usar um trait para injetar comportamentos à uma classe. Mas isso precisa ser feito com critério, se for só um mecanismo para usar algo que já existe, está errado, precisa ter semântica, precisa ver onde vai usar isso, porque só será útil se em alguns lugares receber esse trait para fazer essa operação específica, e esse comportamento for sempre igual, o que eu duvido que seja nesse caso. Mas novamente, só poderia dizer se eu conhecesse o contexto todo. Quando não se tem todos requisitos corretos o código sairá errado por definição.
Então é preciso um entendimento global do problema específico e de toda a orientação a objeto, não é uma receita de bolo que fará a pessoa acertar. É fácil dizer que esse caso está erado, mas isso não quer dizer que outras situações serão assim, inclusive para tudo tem exceção. Esse é um caso que parece causar um acoplamento desnecessário e faz o objeto ser menos coeso.