Quais as diferenças entre eles?
str
é o tipo para guardar textos de uma forma mais bruta. Lembra um pouco o array de char
do C, porque ele é um array de bytes (um caractere pode ser formado por mais de 1 byte). Mas é diferente, principalmente porque ele usa um formato de UTF-8 e não ASCII, e claro, ele consegue pegar o tamanho em tempo constante. E também é imutável (em partes).
O tipo permite que mude os elementos existentes, ou seja, os caracteres, mas não pode mudar o tamanho do objeto, esta parte é fixa.
É um tipo por valor, portanto o texto já é o objeto. Geralmente é usada por referência para não ter que copiar de um contexto para outro, e em alguns raros casos acaba sendo alocado no heap, e quando precisa disso, tem a solução do String
.
Um literal de texto é do tipo &'static str
isso significa que ele será uma referência para o objeto bruto em outro lugar. E esse lugar é a memória estática, mas esse 'static
não indica local, mas sim tempo de vida. É uma forma de dizer que esse objeto durará por todo tem pode vida da aplicação. A grande sacada de Rust é o controle absoluto do tempo de vida sem um coletor de lixo, por isso precisa dizer o tempo de vida em grande parte da situações.
String
é uma wrapper para o str
e é um tipo por referência alocado no heap, portanto o tempo de vida tende ser maior e exige um controle menos sofisticado por parte do programador.
Além disso ele é completamente mutável, portanto pode alterar o dado sem ter que copiar para outro objeto, e o gerenciamento de mudanças é todo interno, em vez de ser uma array e bytes é uma lista de caracteres (portanto até o tamanho pode mudar).
O tempo de vida dele é ligado à ter referência para ele, então de certa forma podemos dizer que ele é gerenciado por uma forma simplificada de garbage collector.
A coleta é feita quando a referência para o objeto deixa de existir. O tipo String
tem uma referência de propriedade, então há um vínculo direto entre elas.
A classe é bem completinha: documentação.
fn main() {
let strVar : &'static str = "str";
let stringVar : String = "String".to_string(); // precisa converter o tipo
teste(strVar);
teste(&stringVar);
}
fn teste(texto: &str) {
println!("Isto é um {}", texto);
}
Veja funcionando no ideone. E no repl.it. Também coloquei no GitHub para referência futura.
Quando usar str e quando usar String?
A preferência é usar str
sempre que possível porque imutável, mesmo parcialmente, é melhor, e se você tem controle fácil do tempo de vida encaixa com a filosofia da linguagem de economizar recursos. Se precisa da mutabilidade completa ou deixar o tempo de vida mais livre e controlado pelas circunstâncias, então o String
é preferível. Ele é menos eficiente no uso geral, mas claro que será mais eficiente que ficar copiando o objeto str
para lá é para cá por um motivo ou outro.
Não esqueça de estudar slice
.
Por que criar tal distinção?
Linguagens que buscam eficiência precisam dar a opção mais eficiente e a mais flexível e poderosa. As linguagens de script é que optam só pela flexível para ser mais fácil.