Sua abordagem está colocando num objeto do modelo de domínio (isto é, um objeto que representa algo do problema que a sua aplicação trata, no caso venda de produtos) um comportamento de ler dados do teclado. Seria como colocar código que salva esses dados no banco ou código que exibe esses dados na tela. Embora tenham relação, não é aí que deveriam estar, pois não são comportamentos do que esse objeto representa. Num projeto maior isso seria potencialmente problemático para a manutenção.
Além disso, o seu Item
confunde numa mesma classe os conceitos de Produto
(devido ao campo nome
) e ItemDePedido
(devido aos campos quantidade
e preco
).
Sugiro que modele uma classe Pedido
que possui uma lista de objetos de uma classe ItemDePedido
, esta com campos quantidade
e preco
(além é claro de um campo produto
que não é o nome mais sim uma referência a um objeto da classe Produto
, que esta sim pode ter um campo nome
-- se bem que, vide o final do texto).
Faça essa classe ItemDePedido
ter um método getSubtotal()
que retorna a multiplicação desses dois primeiros campos quantidade
e preco
.
Esse método getSubtotal()
é uma operação especializada (responsabilidade) que os objetos ItemDePedido
são capazes de executar sobre seu estado interno (isto é, seus campos). Isso é mais orientado a objetos.
E por fim na classe Pedido
crie um método getTotal()
que percorre a lista invocando cada itemDePedido.getSubtotal()
e usando para calcular o total do pedido.
Outra responsabilidade apropriada para a classe Pedido
seria adicionar(ItemDePedido item)
.
Fica claro assim que um item de pedido deve ser construído (isto é, ter seus campos inicializados) passando os valores para esses campos no construtor já previamente lidos a partir de uma leitura de teclado feita externamente a essa classe.
Por sinal, essa classe Produto
(que representa uma instância de produto no estoque) não deve ser confundida com DescricaoDeProduto
, que representa a descrição genérica do produto na loja, que não possui quantidade em estoque e permanece existente mesmo que os produtos saiam de estoque. Talvez então um produto deva ter uma descrição de produto e esta ter um nome.
Para se aprofundar mais, consulte "Utilizando UML e Padrões" (3a edição), de Craig Larman.
P.S.: Tudo isso pode ser ignorado e ser feito de maneiras como o pessoal colocou em outras respostas. Se é orientado a objetos e traz os benefícios que essa abordagem propõe, aí é outra história (embora em parte o que foi proposto nelas por ser aplicado aqui). Lembrando que no caso simples pode não parecer tão efetivo, mas OO foi feita para lidar com complexidade. O código pode ficar mais complexo nesse caso mas pelo menos não é baseado numa modelagem arbitrária ou "tirada da cartola".