Neste caso específico a pessoa fez assim porque quis fazer. Não tem uma motivação clara e que deveria ser assim, então você está coberto de razão. Para os adeptos de boas práticas, isso não é errado, mas não é uma boa prática porque criou um desvio de fluxo mais difícil de acompanhar, ainda que para este exemplo isso não seja tão relevante, passaria ser quando este código começasse crescer. Código indentado costuma ser mais legível que um desvio, por isso as pessoas dizem que deve-se evitar goto
(não abolir), e o continue
é uma forma de goto
.
Poderia ter um contexto que isso fizesse mais sentido que a forma sem a negação, mas não esse, não é um péssimo exemplo, mas ele é questionável. Este código seria melhor escrito assim:
function showPrimes(n) {
for (let i = 2; i < n; i++) if (isPrime(i)) console.log(i);
}
function isPrime(n) {
for (let i = 2; i < n; i++) if (n % i == 0) return false;
return true;
}
showPrimes(20);
Coloquei no GitHub para referência futura.
Há uma corrente de pessoas que defende menos controle de fluxo que é o exemplo que eu postei, e há outra que defende menos blocos de execução que é o exemplo da pergunta. Eu defendo que deve fazer o que parece mais óbvio e legível, que mostre mais a intenção do que deseja. Tem uns casos que tentar evitar o continue
produz códigos bem esquisitos e complicados de entender.
Já falei um pouco mais sobre o comando em C e que eu acho que dá uma ideia melhor do continue
.
continue
faz?continue
.isPrime()
em vez denotIsPrime()
, e fazer a negação no ato da validação. O uso deif
seguido decontinue
evita muita identação do código após várias validações.