Uma vez que você está no navegador, você pode utilizar o PBKDF2. A resposta do @Dr.Helsing é completamente inútil para a finalidade de "proteger a senha".
O PBKDF2 é suportado pelo WebCrypto, em qualquer navegador moderno.
Em geral seria algo como:
// Essa informação é a senha, que deve vim de um `<input>` por exemplo:
let password = new TextEncoder().encode("password");
// Essa informação deve vim do banco de dados (ou derivado de outra entrada constante, que não seja a própria senha), isto deve ser única por usuário/senha:
let salt = new Uint8Array([1,2,3,4,5,6,7,8,9,10]).buffer;
// Essa informação é a dificuldade da derivação:
let iterations = 500000;
let algo = "SHA-512";
key = await window.crypto.subtle.importKey(
"raw",
password,
"PBKDF2",
false,
["deriveBits", "deriveKey"]
);
pbkdf2 = await window.crypto.subtle.deriveKey(
{"name":"PBKDF2", "salt": salt, "iterations": iterations, "hash": algo},
key,
{"name": "AES-CBC", "length": 256}, // Isso aqui é confusão do WebCrypto. Isso daqui é só para definir o tamanho final para 32bytes!
true,
["encrypt", "decrypt"],
);
// Aqui você tem o resultado, a senha derivada:
result = await window.crypto.subtle.exportKey(
"raw",
pbkdf2,
);
Dessa forma, o seu servidor só terá acesso ao resultado da derivação, mas nunca terá acesso à senha em texto-claro. Isso parece ser o que você busca.
Entretanto, como mencionado nos comentários, você ainda deve derivar novamente em seu servidor. Então basicamente a construção final seria:
- Usuário digita "[email protected]"
- A) O algoritmo utiliza o e-mail (ou um
HASH(seuemail)
) como salt
.
B) O servidor responde o salt
baseado no e-mail digitado (consulta o banco de dados.
- O usuário deriva a senha usando PBKDF2 (código acima).
- O usuário envia a senha derivada (o
result
) para o servidor.
- O servidor efetua uma nova derivação (por exemplo,
Argon2(senha_do_passo_4)
).
- O servidor verifica a senha gerada, no passo 5, contra a informação que possui no servidor.
Existe alguns detalhes que deve levar em consideração:
- Você não deve armazenar o resultado (o
result
ou a pre-imagem da segunda derivação) como texto-claro num banco de dados (ou qualquer outra midia).
- Você não deve reutilizar o salt para múltiplos usuários.
- Você DEVE utilizar TLS/SSL na comunicação (isto é até uma exigência para o WebCrypto em alguns navegadores).
Algumas coisas que pode chamar a atenção, como o fato de "enviar o salt para o usuário".
Isso não é um problema. Deve considerar que a única forma de saber se a senha é correta é requisitando o servidor (não há como fazer isso offline. Por consequência, fazer um brute-force de PBKDF2(senha, salt)
ou de senha
é no mínimo igual (sendo que PBKDF2 possui um custo computacional maior) e medidas contra a busca exaustiva são igualmente aplicada aos dois casos. Ou seja, revelar o salt
a partir do e-mail não implica em qualquer problema diferente do que se utilizar o método de login "tradicional".
Você também pode encriptar a senha utilizando AES/Salsa20/ChaCha20, alguns serviços recentemente passaram a fazer isso (como Facebook, TikTok e acho qu e o YouTube também). O Facebook utiliza o LibSodium, que utiliza o Salsa20.
Não estou certo ainda do motivo que fazem isso, assumindo que já utilizam TLS/SSL, mas.... fazem. Você também pode fazer isso, mas tenha em mente que deve derivar/fazer a hash da senha novamente no lado do servidor, de qualquer forma.