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No Flask há um objeto chamado g ou Flask.g que segundo a documentação é usado para armazenamento de dados. E este objeto é usado quando se atribui algo para ele.

Por exemplo:

def get_db():
    if 'db' not in g:
        g.db = sqlite3.connect(
            current_app.config['DATABASE'],
            detect_types=sqlite3.PARSE_DECLTYPES
        )
        g.db.row_factory = sqlite3.Row

    return g.db

Acima em g.db é guardada uma instancia de acesso a base de dados. Entretanto, eu tenho algumas dúvidas em relação ao escopo de visibilidade e o ciclo de vida deste objeto g durante o seu uso.

Dúvidas

  1. O objeto g é visível somente no escopo da requisição e ele é liberado da memória assim que a requisição é concluída?
  2. O objeto g é visível entre Blueprints?
  3. O ciclo de vida de g é para todo o contexto da aplicação?

1 Resposta 1

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  1. O objeto g é visível somente no escopo da requisição e ele é liberado da memória assim que a requisição é concluída?

Sim.

  1. O objeto g é visível entre Blueprints?

Sim. Ele existe enquanto se estiver na mesma requisição - então se em um método de view, você chamar via Python, como uma função, uma função que funcione como view em outro blueprint, ela vera o mesmo "g".

No entanto, naturalmente cada requisição acessa apenas um blueprint - onde está configurada a view que respondeu àquela requisição. Uma outra requisição que chame uma função de view em outro blueprint vai "enxergar" um outro objeto "g", diferente do da primeira. E isso é assim ,mesmo que sejam requisições assíncronas feitas quase ao mesmo tempo, e sejam processadas ao mesmo tempo no servidor: requisições diferentes vão ver diferentes objetos de contexto g.

  1. O ciclo de vida de g é para todo o contexto da aplicação?

O "g" é acessível em qualquer parte e qualquer função da aplicação - mas, de novo, cada requisição vai "ver" um objeto diferente ao fazer "flask.g".

No começo do Flask, o flask.g era simplesmente uma variável do tipo thread.local - hoje, com mais formas de atender requisições simultâneas em produção do que simplesmente uma em cada thread, os servidores de aplicação tem que cuidar para que todo o código relacionado a uma requisição veja uma cópia de "g".

A documentação oficial está aqui: http://flask.pocoo.org/docs/1.0/appcontext/#storing-data

O que causa estranheza sobre o "g" é que de fato não é assim que funcionam variáveis normais - mas é exatamente assim que funcionam os objetos do tipo thread.local. Criei aqui um pequeno script que demonstra como os atributos dentro de um objeto do tipo threading.local são únicos em cada thread:

import threading
import time

def worker(number, pause):
    time.sleep(0.1)
    espaco.teste = number
    print(f"thread {number}: Valor de espaco.teste {espaco.teste}")
    time.sleep(pause)
    print(f"thread {number}: Valor de espaco.teste {espaco.teste}")


def main():
    global espaco
    espaco = threading.local()
    espaco.teste = 0
    t1 = threading.Thread(target=worker, args=(1, 1.0))
    t2 = threading.Thread(target=worker, args=(2, 0.5))
    print(f"thread princial. Espaco.teste: {espaco.teste}")
    t1.start()
    t2.start()
    time.sleep(0.2)
    print(f"thread principal. Espaco.teste: {espaco.teste}")

    t1.join()
    t2.join()

main()

A saída desse script fica assim:

(env) [gwidion@village tmp01]$ python3 bla10.py 
thread principal. Espaco.teste: 0
thread 1: Valor de espaco.teste 1
thread 2: Valor de espaco.teste 2
thread principal. Espaco.teste: 0
thread 2: Valor de espaco.teste 2
thread 1: Valor de espaco.teste 1

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