Não existe o rename, mas é possível guardar o valor em uma nova chave e apagar a antiga numa única operação se for usado o método pop
dos dicionários:
RE2["Data de Nascimento"] = RE2.pop("Nascimento")
Isso economiza uma linha, e a necessidade do del
. Além disso o pop
permite que se coloque um argumento padrão - assim, se por acaso a chave antiga não estiver definida, você não terá um erro - em vez disso, o valor padrão é usado:
RE2["Data de Nascimento"] = RE2.pop("Nascimento", "")
Vai criar a entrada "Data de Nascimento"
com o valor ""
(string vazia), se não havia uma chave "Nascimento
" no dicionário original.
Se for uma operação que você vai fazer muitas vezes, pode ser mais elegante (mas nem sempre), criar uma classe que extenda os dicionários originais do Python e acrescente um método que faça isso. Internamente, a melhor forma ainda vai ser o uso do pop
e criação da nova chave - mas o seu dicionário pode passar a ter um método "rename" que faça isso:
class MeuDict(dict):
def rename(self, old_key, new_key):
self[new_key] = self.pop(old_key)
E isso pode ser usado diretamente, bastando que seu objeto original seja dessa nova classe. Como os dicionários normais de Python aceitam dicionários como parâmetros para inicialização, um dicionário normal pode ser convertido neste simplestemente com:
RE2 = MeuDict(RE2)
e então:
RE2.rename("Nascimento", "Data de nascimento")
Se for usar esse código em produção "pra valer", ou seja, precisar de algo confiável, com mais funcionalidades, pode aproveitar que a lógica fica toda num lugar, e tornar o código "thread safe" - isso é, no caso de um programa com várias threads, tornar o rename uma operação "atômica" - com o uso de um lock - isso evita uma chance de o valor que está sendo renomeado não estar nem em uma chave nem em outra em um dado momento.
Também podemos usar a "sentinel pattern" para repetir no método rename
o comportamento do parâmetro default
do pop.
import threading
_sentinel = object()
class MeuDict(dict):
def __init__(self, *args, **kw):
self.lock = threading.Lock()
super().__init__(*args, **kw)
def rename(self, old_key, new_key, default=_sentinel):
pop_sentinel = {} if default is _sentinel else {'default': default}
with self.lock:
# cria a nova chave - entre essa linha e a próxima as
# duas chaves existem. Se a thread mudar bem nesse ponto, o valor
# vai ser encontrado nas duas - o que é melhor
# que "em nenhuma", que acontece com o `pop`
self[new_key] = self.get(old_key, **pop_sentinel)
del old_key
Se uma operação atômica for realmente necessária
Depois de responder, me dei conta que o threading.Lock
sozinho só impede que o mesmo lock seja usado em outra thread - ainda haveria o risco de numa segunda thread algum código "olhar" o dicionário entre as duas modificiações de chave. Por isso mudei do código do pop
para o cópia + del - as duas chaves existirão nesse tempo de transição.
Se você realmente precisa de um objeto thread-safe que não permita nenhuma race-condition em que o dicionário seja "visto" sem nenhuma ou sem duas chaves, a única forma é aumentar a especialização da classe - tem-se que criar um "mapping" (um objeto como um dicionário), que use o locking da thread em todos os pontos em que um item do dicionário for ser consultado - aí, usando o mesmo lock, ele vai ter que aguardar o final da atualização antes de disponibilizar a consulta. Nesse caso, não vale a pena herdar de um dicionário (dict) - que por conta de otimizações internas, não tem um único ponto de consulta das chaves e valores, e sim, herdar de collections.abc.MutableMapping
, implementar o rename
como acima, e, dntro do __getitem__
, __iter__
e __delitem__
fazer também uso do mesmo lock.
A maior diferença é que o collections.abc.MutableMapping permite que você implemente um objeto que funcione como um dicionário, mas ele mesmo não é um dicionário - no caso de herdar de dict
, manipulamos as chaves nos métodos usando o self
. Nessa outra implementação, a recomendação é manter um dicionário interno, num atributo privado.