As referências típicas e comuns entre objetos são fortes: Se o objeto A se refere ao objeto B por meio de uma referência forte, então o objeto B só poderá ser recolhido como lixo se o A também estiver sendo.
Já com as referências fracas, o funcionamento é diferente: Se o objeto A se refere ao objeto B por meio de uma referência fraca, então o objeto B pode ser coletado como lixo mesmo se o objeto A não puder ser.
A finalidade em usar-se referências fracas é basicamente uma só: cache. Por exemplo, imagine que na sua aplicação você mostre diversas fotografias que são lidas de arquivos e que frequentemente você esteja mostrando as mesmas imagens. Ocorre que ler de um arquivo sempre repetidas vezes é demorado e ineficiente, pois o acesso ao disco é lento. Por causa disso, convém manter essas fotografia todas na memória, evitando reler elas do disco. Entretanto, ao manter essas fotografias todas na memória, você poderá acabar consumindo-a por completo, sufocando outros processos em execução que precisem de memória. Assim sendo, você precisará de alguma forma de equilibrar isso, onde as fotografias sejam descartadas da memória quando puderem estar a atrapalhar outros processos.
É nesse momento que entram as referências fracas. Se você manter as imagens na memória por meio de referências fracas, elas ficarão lá enquanto não estiverem atrapalhando outros processos. A partir do momento em que faltar memória, antes que e o coletor de lixo lance um out-of-memory, ele irá tentar limpar algumas referências fracas para liberar memória suficiente. Nesse caso, a sua aplicação vai jogar fora da memória algumas das imagens armazenadas, que necessitarão ser relidas do disco se precisarem ser acessadas novamente.
O resultado é que a sua aplicação chegará a um equilíbrio onde poderá efetuar trocas de memória por desempenho de forma automática, gerenciada pelo coletor de lixo. Ela consumirá mais memória para ter um melhor desempenho e sacrificará esse desempenho quando precisar economizar memória.