DTO é um padrão de projeto usado para transportar dados de um local para outra na solução. Muitas vezes esse transporte ocorre fora do processo da aplicação, se comunicando com servidor e cliente, entre servidores ou até outras partes da solução, mas nada impede que ocorra dentro do processo.
Ele é apenas um objeto de dados, portanto não costuma ter comportamento próprio (pode ter comportamentos necessários para a linguagem conseguir trabalhar com ele, mas não dentro da semântica do próprio objeto), e como serve para transportar vem o nome Data Transport Object, ou Objeto de Transporte de Dados.
O DTO se opõe a um model justamente por não ter comportamentos de regras de negócio ou até mesmo de persistência ou outra forma de manipulação desses dados.
A forma de comunicação, especialmente fora do processo, não é algo que o DTO se importe ou até mesmo que saiba. É comum ser serializado, mas isso não precisa acontecer. Muito menos há formato definido para essa comunicação. O programador sabe que haverá uma comunicação, mas o DTO não sabe, não precisa saber, e não deve ser responsável por isso.
Uma dessas comunicações é com o banco de dados, e algumas aplicações só usam para isto. O criador do padrão critica esse uso, mas na prática é amplamente usado com variações.
Em geral o DTO é considerado um objeto anêmico por não ter comportamento. O comportamento dificulta o uso desses dados em outro local porque precisaria manter controle de versão e garantir que o outro lado esteja sempre sincronizado. Sem comportamentos fica muito mais fácil manter isso, embora ainda tem que sincronizar a estrutura dos dados, mas é muito mais fácil, até por ela ser mais estável.
O DTO deveria ser uma estrutura mais estática durante o tempo de vida a solução, permitindo que as classes mais completas que podem assumir outras formas sem se preocupar tanto com compatibilidade. Na prática isso não é tão fácil de alcançar.
Eu gosto de um DTO acessando campos da classe diretamente (uso correto do termo em Java), sem getters/setters ou propriedade (que é um padrão de projeto pronto que algumas linguagens usam para facilitar o uso dos getters/setters). Mas algumas pessoas gostam de usar este tipo de mecanismo, e algumas ferramentas até obrigam que eles existam para conseguirem funcionar, algumas exigem forma bem específica, inclusive que o método seja virtual. Ainda assim não deve ter um comportamento real, além de acessar e mudar o valor do campo.
Note que DTO não é algo do Java, e funciona igual em todas tecnologias, podendo até mesmo ser usado entre linguagens diferentes. O que pode ser específico, nem do Java, mas de um framework específico, é a forma de implementar o DTO.
O objetivo geral é a simplificação do trabalho de transporte. Nem quer buscar eficiência em si, embora possa alcançar isso também dependendo de como se faria sem ele. A eficiência vem mais da forma de comunicação e não da estrutura dos dados. Um motivo mais claro de uso dele é manter uma forma mais universal de dados que pode ser diferente do que a aplicação consome de fato em cada lado, então o DTO tende ser diferente da classe da aplicação. Em muitos casos é exatamente igual, só a falta dos comportamentos é diferença.
O mais comum é seu uso com outros design patterns, como DAO, Active Record, serialização, RPC, CQRS e outros. Depende da aplicação dele.
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