Estou interessado no prós que isso pode trazer pro meu portátil.
1 Resposta
A musl (cujo nome é grafado em minúsculas na página oficial) é uma Biblioteca padrão do C. De acordo com seu autor, tem o objetivo de ser uma libc limpa, padrão e eficiente.
Seu OS alvo é o Linux 2.6
, e está disponível oficialmente nas plataformas i386
, x86_64
, arm
, mips
, microblaze
e powerpc
. Tem suporte experimental para outras arquiteturas, listadas no site oficial.
Uma das vantagens do seu uso em mobile é seu tamanho e capacidade de concorrência. Outro ponto muito importante para desenvolvedores de aplicações comerciais é o fato dela usar a licença MIT, em geral mais permissiva do que a da glibc que é LGPL, em especial, permitindo seu uso em aplicações fechadas também.
Veja um breve comparativo com a glibc:
COMPARAÇÃO DE TAMANHO musl glibc
---------------------------------- ------------- -----------------
Coleção de bibliotecas estáticas | 426k | 2.0M
Coleção de bibliotecas dinâmicas | 527k | 7.9M
Menor executável C | 1.8k | 662k
“hello” estático (com printf) | 13k | 662k
COMPORTAMENTO EM EXAUSTÃO musl glibc
---------------------------------- ------------- -----------------
Armazenamento Thread-local | reporta falha | aborta
SIGEV_THREAD timers | não falha | perda de overruns
pthread_cancel | não falha | aborta
regcomp e regexec | reporta falha | quebra
fnmatch | não falha | reporta falha
Família printf | não falha | reporta falha
Família strtol | não falha | não falha
COMPARAÇÃO DE RECURSOS musl glibc
---------------------------------- ------------- -----------------
API de threads C11 | sim | não
agendamento de processos POSIX | apenas stub | incorreto
Localedef POSIX | não | sim
páginas de código 8 bits legadas | não | lento, via gconv
Páginas de código CJK legadas | não | lento, via gconv
UTF-8 multibyte | nativo; | lento, via gconv;
| 100% conforme | não conforme
Conversão de caracteres Iconv | a maior parte | o básico
| dos encodings |
extensão de transliteração Iconv | não | sim
Openwall-style TCB shadow | sim | não
Sun RPC, NIS | não | sim
Profiling Gmon | não | sim
recursos de debug | não | sim
(veja o link para a tabela original no final da resposta)
De acordo com a Wikipedia en, a musl foi escrita do zero, para permitir "linkagem" estática com robustez para aplicações realtime, evitando condições de corrida e exaustão de recursos presentes nas implementações mais comuns até então.
O runtime é um arquivo único, com interface binária estável, permitindo deploy com a aplicação principal num executável único sem inchar seu tamanho final.
O projeto alega ser compatível com POSIX 2008 e o padrão C11. Em 2015 era a biblioteca C padrão das distros Alpine Linux, Dragora 3, OpenWRT, Sabotage, Morpheus Linux e uma opção no Void Linux.
Página oficial:
Aqui temos um comparativo completo com outras libc, de onde foi extraída a tabela acima:
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