Já vou começar dizendo o que falo sempre. Quase ninguém sabe orientação a objeto corretamente, o que me inclui, mas estou fazendo um esforço enorme para resolver as partes pendentes. E olha que uso isso há cerca de 30 anos.
Quase todo mundo abusa de herança. As pessoas acham que algo tem relação hierárquica quando não tem. A maioria dos objetos são compostos por outros objetos e não são derivados de outros objetos. E praticamente 100% dos exemplos de herança em livros, blogs, e outras fontes mostram herança em algo que não tem relação hierárquica (ou que tem mas não é real), o que faz quase todo mundo aprender errado. E a desinformação é disseminada já que as pessoas não são questionadoras.
Nesse caso específico a frase provavelmente foi dita no contexto do JavaScript que não tem a declaração explícita de tipos e sim objetos que servem de protótipos para outros objetos. A frase é infeliz porque dá para interpretar de outra forma. Um objeto acessar propriedade de outro objeto é possível em todo objeto que tenha comportamento, mesmo sem ter relação de herança.
A herança de fato é a relação hierárquica, composta pela capacidade do tipo derivado ter tudo o que o tipo base tem, seja em implementação (subclasse), seja em contratos (subtipo).
Então um objeto derivado de outro tem as mesmas características do objeto base (seu protótipo), está tudo nele, não tem que acessar outro objeto. A herança se dá por cópia. No novo objeto derivado pode adicionar ou até mesmo mudar certas características (nem todas linguagens permitem isto). Se mudar as características, na minha concepção, acaba com a herança já que o filho não mais é capaz de realizar tudo igual ao pai. No mundo real a herança se manteria, mas no computador se torna complicado. Há quem ache que a herança se mantém.
Note que estamos falando de apenas um objeto, então a palavra "outro" já não cabe aí. Usa-se outro objeto concreto como modelo para este objeto, mas acaba a relação entre eles no momento que o novo é criado, não tem que acessar nada no outro. Linguagens totalmente dinâmicas costumam fazer isso.
Em linguagens baseadas em classe funciona do mesmo jeito, só que o modelo é uma planta e não um protótipo, então não há relação com outro objeto nem mesmo no momento da sua criação.
Herança não é sobre classes, esse é mais um erro que quase todo mundo comete. Existe herança sem ter classe. Fora esse ponto a definição do AP está mais correta que do artigo. Classe é uma circunstância da herança.
Isto também nada tem a ver com Associação, Agregação, Composição. Esses são mecanismos poderosos para compor o objeto, mas não há relação direta com acesso, isto é circunstancial.
Estritamente a frase está errada, mas dá para entender o motivo. Claro que para leigos é uma desinformação que colabora para a maioria das pessoas não entenderem o que é OOP, e tudo que as pessoas não entendem, mas acham que entendem, frequentemente passam endeusar aquilo. E tudo que é endeusado "não pode ser contestado" por ela ou outras pessoas. Por isso em programação temos que estudar até teologia :P
Algumas pessoas podem discordar porque há escolas diferentes do que é orientação a objeto. Falei da que parece ser mais usada. Algumas pessoas pegam alguns conceitos de uma escola e outros de outra escola. E chegam até impor conceitos antagônicos na sua concepção. E estou falando de gente que está num patamar profissional acima.
Relacionado: O que são os conceitos de coesão e acoplamento? (isto é mais importante que OO, o DRY também). Veja também: O que é paradigma?.
Coloquei no GitHub para referência futura.