Vou falar aqui de algo que não está bem formalizado e que há correntes diferentes de pensamento. Mais recentemente começou-se definir o assunto de forma diferente do que originalmente fora definido, então tenha em mente isso quando estiver lendo. A resposta serve até para evoluir o tema
Programação estruturada e procedural
Programação estruturada tem a ver com fluxo de código, é algo sobre o algoritmo em si. Talvez esteja falando de programação procedural, a confusão é comum, deve até ter sido induzido ao erro por outra fontem vejo muitas erradas por aí.
Talvez esteja falando apenas de um aspecto granular da modularidade. Isso nem se contrapõe à orientação a objeto que se preocupa com a organização do código das estruturas de dados e seus comportamentos.
A programação modular melhora a programação procedural e é uma base para a orientação a objeto, e se preocupa desde o código do algoritmo, passando pelo código da estrutura de dados, até a estruturação da solução como um todo.
A programação procedural pode ser estruturada ou não, pode ser monolítica ou modular. No passado era comum se fazer algo monolítico. Em português claro antes se fazia um código "linguição".
A programação procedural já é um pouco modular, mas não é tão enfática na separação de responsabilidades. A modular leva isso para outro patamar, para outras unidades de código.
Programação modular
Este paradigma institui principalmente a separação de responsabilidades em módulos.
Não é bem definido o que é um módulo. É uma unidade de código, então ela prega separar o código em funções.
Claro que essas funções são agrupadas de forma que elas interajam entre si ou operam em cima do mesmo objeto. Chame de módulo, de classe, de estrutura, do que quiser.
Em alguns casos pode precisar de um nível extra de modularização, pode ser que se crie um pacote com uma unidade de compilação em que cada linguagem trata do jeito que achar melhor.
Por isso eu vejo o módulo como algo que segrega código, não só um grupo de classes, conforme a pergunta já entende.
Algumas pessoas podem considerar que um namespace é um módulo. Um módulo prevê algum encapsulamento que o namespace não provê.
Justamente por prover encapsulamento eu digo que se a orientação a objeto coloca este como ponto único da sua definição então as pessoas deveriam estar dizendo que programam modularmente. Vejo que outros aspectos juntos com este é que formam a orientação a objeto.
Programação modular costuma ter definição de visibilidade de código. Até C tem isso, embora poderia ser melhor. C não é o melhor exemplo para o paradigma.
Me parece óbvio que códigos que sejam pequenos e que só fazem uma coisa são mais legíveis e fáceis de dar manutenção. Juntando que ele precisa que fique encapsulado e não exponha detalhes que os seus consumidores não precisam saber. Diminuir a área de impacto em uma alteração é um objetivo da programação modular e a pergunta está certa nisso.
Por isso usa-se o termo interface. No sentido de contrato mesmo, como até é em OO, mas o mecanismo não precisa ser o mesmo. Pegue C e os seus arquivos de cabeçalhos que possuem interfaces, ainda que não costumamos chamar assim. Sim, é um pouco diferente, mas é um contrato com as assinaturas.
A pergunta fala em coesão e isso é muito importante. Eu tenho um livro que fala disso e ele foi escrito antes de alguém pronunciar orientação a objeto.
Abstrações adequadas são importantes na programação modular, e é claro que elas devem ser consistentes. Não é que isto defina a PM, é só questão de importância.
Como modularizar
Modularizar não tem regra clara, é aquele tipo de coisa que dá para definir abstratamente ou mostrar um caso concreto. É muito difícil ensinar, dar regras específicas de como fazer isso. As perguntas mais específicas eu não saberia responder facilmente, e até acho que para isso precisaria de um capítulo de um livro, o que torna a pergunta ampla.
Mas é igual à orientação a objeto, a diferença é que a programação modular não define acoplamentos por herança e ela em si não prevê polimorfismo, o que nada impede que o mecanismo seja usado junto com ela e frequentemente é em linguagens mais modernas, como Rust e Go, só pra ficar nas mais badaladas ultimamente.
Então assim como em OO, programação modular não tem regras claras do "tamanho" do módulo, é analisar o problema, entendê-lo, modelar, refinar, aprender com o s seus erros e dos outros e ir melhorando.
Na maior parte do tempo faço programação imperativa com modular. Eventualmente transpasso para OO. Embora tem momento que é mais fácil dizer que é OO já que o paradigma modular não pegou tração. Tudo é uma questão de marketing. E o que importa é a engenharia. No fim o nome correto importa pouco.
Vantagens da modularização
As vantagens de sua adoção são principalmente essas vendidas em OO, não tem diferença, por isso que eu falo que muita gente programa modularmente mas pra não ficar fora da moda diz que programa OO, até por ela nem saber o que é PM.
Existe a escola de OO que se prende às abstrações, modelagem de código, em padrões de projeto e não nos mecanismos próprios de OO e tudo o que esta escola fala no fundo está falando de PM sem saber, um dos motivos porque não gosto desta escola e não confio, neste ponto, em quem defende isso.
PM é diferente de OO
PM não incentiva a associação de estado com comportamento, mas também não impede. As linguagens mais modernas estão evitando um pouco isso dando mecanismos melhores de segregação e nem tanto de junção. Em OO tem regras que são até conflitantes. Hora dizem para juntar tudo, hora dizem para separar.
A prática mostrou que juntar demais pode tornar a ideia mais fácil de entender, mas torna a manutenção mais difícil, por isso que em banco de dados muitas vezes pensamos em modelo lógico e modelo físico. Projeto orientado a objeto é uma coisa e poucas pessoas fazem, programação orientada a objeto é outra bem diferente e se usar OOD para programar não fica bom.
Sempre falo que as pessoas adotam coisas que elas leem, e não aquilo que elas conhecem. Se ela conhecesse todos os fundamentos ela saberia o que ela está fazendo. Mas também não adianta ficar tentando impor a nomenclatura certa em toda conversa sobre o assunto.
A maioria do que você aprende em OO na verdade está aprendendo PM (ou MOP em inglês) e acho trágico que geralmente a pessoa que está ensinando não sabe disso.
Também uma parte do que se fala de modular oriented programming é só a programação procedural.
Existem paradigmas que são antagônicos, outros são complementares, alguns possuem relação hierarquica, por isso pode haver uma certa confusão.
Sempre é confuso
Ajuda na confusão o fato de OO ser hype e PM estar no escanteio. Então tem definições menos estruturadas, menos debates, menos divulgação.
Fiz uma pesquisa para responder e vi que tem algumas bobagens sobre o assunto, não só porque a base consolidada sobre o tema não fala sobre algumas coisas que estão falando por aí, mas também porque algumas, ou não fazem sentido, ou "roubam" de outros paradigmas, ou estão claramente errados.
Isso inclui o artigo da Wikipedia, que tem seu mérito em algumas partes. Leia a primeira seção. A seção de aspectos chaves tem algo útil, mas não tudo, e o primeiro parágrafo da seção de história é muito boa, esqueça o resto a não ser por curiosidade.
A Wiki de Portland é sempre um lugar que gera bons debates. As pessoas não concordam, mas evoluem o entendimento ali. Eu discordo de várias coisas nela, mas é útil se souber interpretar textos.
Essa ideia de que um módulo é só uma unidade de compilação não me agrada e contrapõe partes do artigo, um dos problemas de texto wiki.
Conclusão
A pergunta tem entendimento bem acima da média, pelo AP quase não precisava. Espero que as pessoas entendam que modularização é bom em qualquer projeto que não seja um script simples, mais ainda em soluções enterprise. Orientação a objeto é boa em alguns casos, como complemento à modularização.
Como OO não deixa de ser modular o termo é mais pomposo, pode continuar dizendo que faz OO quando só faz PM. Mas evite dizer que faz OO quando mal faz procedural direito, quando erra no imperativo.
Coloquei no GitHub para referência futura.