Custo Adicional
Essa é a tradução que eu prefiro utilizar.
Embora possa ser utilizado em diversos contextos, eu entendo que o termo "custo adicional" parece dar um bom entendimento na maioria dos casos porque o termo sempre é usado com uma intenção de dizer que algo está a mais e esse algo a mais traz um custo de máquina, um custo de tempo, um custo de recurso, etc..
Uma analogia que acho interessante, e analogias precisam ser usadas com moderação, seria comparar o overhead a uma cobertura de bolo. Em algumas situações uma cobertura é essencial para caracterizar o bolo e em outros casos ela apenas deixa o bolo mais pesado, porém com o mesmo gosto.
O que eu quero dizer com isso é que ele é um termo que pode não remeter a algo ruim. Para cada caso é preciso entender se o overhead é algo ligado a um trade off, ou seja, algo adicional que tem um benefício, é apenas algo adicional que pode ser controlado ou é apenas uma característica da tecnologia. Para responder a sua questão de um overhead de forma detalhada é preciso adicionar um contexto porque para cada um você pode ter uma explicação detalhada diferente.
No caso da OO, eu entendo que o overhead é um trade off. Eu uso esse argumento porque é provável que nesse caso está sendo feito uma comparação a outro paradigma, por exemplo, o da programação estruturada. Ao fazer essa comparação vamos verificar vários pontos na OO que parecem "dar voltas" para atingir um mesmo objetivo e chama-se isso de overhead. É como se você adicionasse um custo de programação, de tempo, de compilação e de execução a um programa, que poderia ser escrito de uma forma mais simples e direta sem a necessidade do "custo adicional" colocado pela OO. Existem outros aspectos de um paradigma de programação que podem adicionar custos, por exemplo, custos de projeto, de documentação técnica, de ferramentas, de testes, etc. Embora em comparação à outro paradigma pareça trazer um custo a mais, entendo que é apenas a característica daquele paradigma, ou seja, ao adicionar esses custos tinha-se o objetivo de trazer algumas facilidades que o outro paradigma não tinha e por isso, que nesse caso, eu entendo ser um trade off e não um overhead.
Um exemplo de overhead mais claro está no seu exemplo do SELECT *
. Nesse caso você está adicionando ao otimizador de consultas um custo adicional que é descobrir os nomes das colunas da tabela e alocar espaço para trazer todos os valores desses campos. Se você especificasse os nomes das colunas, evitaria esse custo adicional.
No caso da questão do desempenho de uma função estar relacionado ao tamanho dela, como pode ver naquela questão, é bastante relativo. Nesse caso eu não usaria o termo overhead porque o contexto é dinâmico e depende de existir uma implementação alternativa da função para servir de comparativo.