Quando o arquivo .java é compilado, é gerado um arquivo .class. Esse arquivo .class possui os Java Byte Codes que são o código java transformado em instruções de máquinas genéricas. Esses byte codes utilizam dados como nome de variáveis, valores literais, referências de classes, referências de métodos, etc. Para economizar a quantidade de bytes necessários para representar esses dados, os byte codes utilizam a constant pool. A constant pool possui todos esses dados e o byte code possui uma referência para ela.
Esse link fala sobre os byte codes:
http://www.nessauepa.com.br/blog/2013/08/bytecode-java/
Cada arquivo .class possui uma constant pool. Além disso, quando o .java é compilado, são criadas ligações com todas as classes que ele se relaciona através de referências simbólicas. Chama-se referência simbólica porque não representa o endereço real de memória. As referências simbólicas também estão na constant pool.
É possível ver o conteúdo gerado no .class utilizando o seguinte comando no cmd:
javap.exe -verbose NomeAbsolutoDoArquivo.class > NomeAbsolutoDeUmArquivoTxt.txt
Será escrito no arquivo NomeAbsolutoDeUmArquivoTxt.txt o conteúdo do .class em linguagem humana.
Nesse arquivo será possível ver a constant pool gerada.
Para executar esse comando é preciso estar dentro do diretório %JAVA_HOME%\bin.
Quando a JVM é instanciada e a classe é carregada, é criada também a run-time constant pool que é baseada na constant pool. Quando uma referência simbólica precisar ser utilizada, ela será traduzida no endereço real.
Esse link fala sobre constant pool x run-time constant pool e a referência simbólica:
http://javaguiadoscuriosos.blogspot.com.br/2009/08/primeiramente-ando-meio-sem-tempo-para.html
A JVM, como o próprio nome já diz, é uma máquina virtual. Essa máquina será responsável, dentre outras coisas, em fazer o gerenciamento de memória utilizada pelo programa java em execução. A JVM é instanciada quando o programa é iniciado.
Uma explicação sobre o funcionamento da JVM pode ser encontrada nesse artigo:
http://www.devmedia.com.br/entenda-como-funciona-a-java-virtual-machine-jvm/27624
A JVM possui algumas áreas de memória. Duas áreas bem conhecidas são a HEAP e a STACK. Todos os objetos ficam na HEAP. A STACK funciona da seguinte forma:
Toda vez que um método for invocado, será criado um frame contendo variáveis locais, valor de retorno, operand stack e a referência para a run-time constant pool da classe que possui o método. Esse frame será adicionado no topo da stack. Quando o método terminar de executar e retornar, o frame será removido da stack. A stack segue a estrutura de dados LIFO (Last In First Out).
Uma explicação muito boa sobre o gerenciamento de memória da JVM, pode ser encontrada aqui:
http://luizricardo.org/2014/11/entendendo-as-configuracoes-de-memoria-da-maquina-virtual-java-jvm/
Além da HEAP, existe uma área chamada de NON-HEAP. Nessa área está localizada a run-time constant pool. As classes que serão utilizadas pelo programa serão carregadas também nessa área. É na NON-HEAP que fica o PermGen explicado no artigo do Luiz Ricardo citado acima.
A imagem a seguir mostra as três áreas de memória comentadas, mostra que a run-time constant pool está na NON-HEAP e que ela é referenciada pelo frame que está na STACK:
Esse link fala em detalhes sobre a jvm:
http://blog.jamesdbloom.com/JVMInternals.html#constant_pool
Conclusão:
Para que serve a constant pool?
Guardar informações que serão utilizadas pelos byte code.
Que tipos de dados ficam na constant pool?
Valores literais, referências de classe, referências de método, referências de atributos, constantes.
Qual a vantagem da constant pool?
Economizar a quantidade de bytes utilizados no byte code.
Qual a diferença do constant pool e run-time constant pool?
A constant pool está no .class. A run-time constant pool está no NON-HEAP, passa a existir quando a classe é carregada na jvm. É baseada na constant pool.