7

Aqui era para incrementar o valor da variável, porém não funciona.

#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>

int main()
{
    int *p, x = 10;

    p = &x;
    *p = (*p)++;
    printf("%d \n", *p);

    return 0;
}

Resultado: 10

2
  • O problema é o seu operador de incremento depois da variável. Se você fizer *p = ++(*p); obterá o resultado esperado.
    – anonimo
    5/09/2019 às 19:23
  • Teste simples: x = 3; y = ++x; // Neste ponto x contem 4 e y contem 4 x = 3; y = x++; // Neste ponto x contem 4 e y contem 3
    – anonimo
    5/09/2019 às 19:26

2 Respostas 2

10

Isto produz um comportamento indefinido. O operador de incremento já é um operador de atribuição. Basta deixá-lo sozinho que tudo funciona.

#include <stdio.h>

int main() {
    int *p, x = 10;
    p = &x;
    (*p)++;
    printf("%d \n", *p);
}

Veja funcionando no ideone. E no repl.it. Também coloquei no GitHub para referência futura.

9
  • Onde ocorre o comportamento indefinido? 28/07/2016 às 1:58
  • Na linha que eu alterei *p = (*p)++;.
    – Maniero
    28/07/2016 às 2:00
  • "Onde" foi modo de falar, rsrs. Qual é a explicação para o comportamento indefinido? Qual regra foi quebrada, digamos assim. 28/07/2016 às 2:01
  • 1
    Também não tenho conhecimento profundo sobre eles. Faz tempo que me prometo dar uma estudada, mas sempre fica pra depois.
    – Maniero
    28/07/2016 às 2:13
  • 2
    Isso não funciona pois está usando o operador ++ como pós incremento. Tanto que se alterar a linha *p = (*p)++; para *p = ++(*p); vai retornar o resultado esperado. Mas porque isso acontece? o operador de pós incremento é o último a ser executado. A váriável até é incrementada, mas o valor é perdido pois o operador = foi usado, pegando assim o valor antes do incremento.
    – Pilati
    28/07/2016 às 18:18
2

*p = (*p)++; não gera comportamento indefinido, como o @Maniero disse. Este é um comando com comportamento perfeitamente entendível e previsível. O problema aqui é que o comando (*p)++, em si, já incrementa o valor contido em x.

Observe o código abaixo:

int x = 0;
int *p = &x;

Aqui, o computador irá criar duas "caixinhas" na memória.

  • Uma "caixinha" para guardar um inteiro, chamada x.
  • E outra "caixinha" para guardar o endereço de um inteiro, chamada p

em outras palavras:

Uma variável do tipo int armazena um inteiro.

Uma variável do tipo int* armazena um endereço de um inteiro.

Agora suponha que x esteja no endereço 0x000000 e que p esteja em 0x111111

O comando (p) nos retorna o endereço de x na memória, ou seja, 0x000000

O comando (*p) nos retorna o valor contido no endereço 0x000000, ou seja, 0.

Quando você faz *p = (*p)++; você esta pedindo ao processador que faça o seguinte:

*p = (*    p   )++;

 ^    ^    ^    ^

 4    2    1    3
  1. Pegue o endereço armazenado por p (0x000000)
  2. Acesse o valor deste endereço (0)
  3. Incremente esse valor (0 -> 1). Agora x = 1.
  4. Atribua o novo valor (1) à p.

Na etapa 4 que a coisa fica séria. Aqui você está trocando o conteúdo de p, que era 0x000000, para 0x00001, que é 1 em hexadecimal. Fazendo isso, p pára de apontar para x, e começa a apontar para um "endereço alheio". O enderço de x permanece 0X000000, mas o seu conteúdo agora é 1. O endereço de p também permanece o mesmo 0x111111 mas o seu valor, que antes era 0x000000 (endereço de x), agora passa a ser (0x000001).

O código

int *p, x = 0;
p = &x;
*p = (*p)++;

pode ser reescrito como:

int x = 0;
int *p = 0x000000;

x = 1;
p = 0x00001;

assumindo que o endereço de x seja 0x000000

1
  • 3
    Me parece um caso de comportamento indefinido sim. Teria como indicar na especificação da linguagem algo que afirme que o momento da ocorrência do pós-incremento em relação à atribuição aconteça na ordem que explicação descreve?
    – Largato
    14/02/2020 às 15:51

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