Nota: esta é uma resposta complementar à do @ramaral.
A noção de ter cuidado com vazamento de memória é real e muito importante. Contudo, após ler os dois artigos citados eu diria que, no mínimo, eles possuem o fico errado.
Que dizer com isso que o problema não está nas classes internas e sim em você referenciar activities ou outros objetos descartáveis em objetos que persistem.
Faz tanto sentido colocar a culpa nas classes internas quanto no uso de threads.
Ora, não importa se é uma classe interna ou não, estática ou não, a tentação de referenciar a activity é grande e as chances são de que o desenvolvedor eventualmente vai passar a referência para a outra classe de alguma forma. Em outras palavras: qualquer objeto com uma referência à Activity pode causar o memory leak. Pode, inclusive, ser uma inner class dentro de um método em outra classe que acessa a Activity recebida no parâmetro daquele método.
Em alguns exemplos nos artigos citados, é dito que a máquina virtual não limpa as threads. Correto, mas isso é verdade em qualquer caso. Então, mesmo o "bom" exemplo do artigo ainda apresenta um memory leak. Ele pode não vazar a Activity, mas com certeza vaza threads, pois elas não são destruídas nunca. Isso pode ser tão ruim quanto o consumo a mais de memória, já que o aplicativo terá um número crescente de threads fazendo a mesma coisa ao mesmo tempo.
Portanto, mais do que se preocupar com as sutilezas das classes internas, o desenvolvedor deve atentar para limpar os recursos alocados ou pelo menos verificar se eles já não estão alocados.
Quanto ao uso de classes internas, como os demais já disseram, a maior questão é estrutural, já que elas são compiladas separadamente das classes principais em arquivos .class
individuais.
Porém, é interessante que classes internas podem acessar métodos privados da classe principal é vice-versa. Está é uma vantagem se você quer manter o encapsulamento de alguns elementos.
Enfim, se você estiver dando visibilidade para algum método ou atributo somente para que uma determinada classe possa acessá-los, talvez deva considerar o uso de uma classe interna ou outra opção de design.
No Java em geral, o uso de classes internas é extenso, desde o código do próprio Java até o incentivo ao uso de lambdas na versão 8. Quem adere a técnicas de programação funcional não pode ter medo e tenho visto muitos softwares renomados fazendo uso extensivo de classes internas.
Resumo: não tenha medo de classes internas. Mesmo os melhores desenvolvedores não conseguem entender ou prever todas as sutilezas que podem causar problemas numa aplicação ou aplicativo. Mas é imprescindível, como fez o autor do artigo, que você aprenda técnicas para monitorar e diagnosticar os problemas e não apenas confie que tudo vai.dar certo porque você seguiu as regras X ou Y.